Dinamarca permite que gays e bissexuais doem sangue a partir de 2019
A partir de 2019, gays e bissexuais poderão doar sangue na Dinamarca.
A medida foi comemorada pelo movimento LGBT já que, até agora, homens que mantêm relações sexuais com outros homens são proibidos de doar sangue por supostamente estarem no grupo de risco para o vírus HIV.
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Gays e bissexuais que estão solteiros ou não têm parceiro sexual fixo, no entanto, só poderão doar se estiverem há mais de 4 meses sem transar.
Outra diferença para doadores LGBT é que eles podem ser chamados para fazer a doação uma segunda vez, quatro meses mais tarde, se o sangue apresentar alguma alteração nos testes.
Em entrevista ao "CPH Post", a ministra dinamarquesa da Saúde garantiu que o novo processo é seguro, tanto para doadores quanto para receptores: "Temos testes muito avançados para testar o sangue", disse.
A Dinamarca não é o primeiro país a anunciar a medida. No início deste ano, Israel também retirou a restrição e o Reino Unido, que permitia a doação de sangue de pessoas LGBTs mediante 12 meses de celibato, aumentou reduziu esse período para apenas três meses.
Apesar de comemorar a novidade, a comunidade LGBT espera que, em breve, gays e bissexuais não sejam automaticamente considerados em grupo de risco.
"A mudança é bem-vinda. No entanto, gostaríamos de ver uma avaliação de risco individualizada e esperamos que o Governo e o Serviço de Transplante e Sangue estejam comprometidos em explorar melhores formas de fazer isso", disse a CEO da Stonewall, Ruth Hunt, ao "CPH Post".
Brasil
Por aqui, homens gays e bissexuais são considerados "temporariamente inaptos" a doar sangue, mesmo que estejam em um relacionamento fixo e declarem usar camisinha – características que reduzem as possibilidades de contaminação por doenças sexualmente transmissíveis.
De acordo com o Ministério da Saúde, apenas 1,6% da população brasileira é doadora regular de sangue. Na tentativa de aumentar essa parcela, o STF colocou em pauta a questão LGBT, mas a mudança foi vetada em votação.
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