Ivo Meirelles denuncia racismo sofrido pela filha, Vitória, em loja no Rio
Na madrugada desta terça-feira (24), o cantor Ivo Meirelles usou o Instagram para denunciar um caso de racismo que a filha, Vitória, de 23 anos, teria sofrido em uma loja da C&A, no Rio de Janeiro.
"Uma funcionária, loira, perseguiu minha filha e chegou a invadir o provador, pensando se tratar de uma ladra apenas pela cor da pele", escreveu Ivo.
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De acordo com o cantor, o caso teria acontecido na segunda-feira (23) na loja da Rua do Ouvidor, no centro do Rio de Janeiro.
"Racistas não passarão", "C&A racista" e "boletim de ocorrência" foram algumas hashtags usadas por Ivo ao fazer a denúncia nas redes sociais, dando a entender que sua filha prestaria queixa contra a empresa.
Vitória, que é designer de moda, também foi às redes sociais falar sobre o caso.
No Instagram, ela disse que uma segurança da loja – "branca, de cabelos loiros" – a teria seguido durante todo o tempo que ficou lá dentro, inclusive dentro do provador e na fila do caixa.
"A sensação de impotência e humilhação é tão grande que dá vontade de chorar. Perguntei em alto e bom tom se ela estava com algum problema comigo, se era o tom da minha pele ou a característica das minhas vestes", relatou
Vitória agradeceu as mensagens de apoio enviadas por seguidores e disse que não é a primeira vez que passa por uma situação do tipo.
"Uma vergonha! Para quem já teve um garoto propaganda negro, isso é uma aberração", escreveu Ivo, lembrando campanhas recentes da rede.
Procurada pela Universa, a C&A se posicionou dizendo que repudia qualquer tipo de preconceito, inclusive de raça, e que está investigando o caso.
"Nós, da C&A, repudiamos qualquer tipo de preconceito, seja ele por raça, cor e/ou religião. O respeito às pessoas e à diversidade faz parte dos nossos valores e enxergamos a moda como uma plataforma de expressão da individualidade de cada um, à sua maneira. Trabalhamos para que a experiência dos nossos clientes na loja seja sempre a melhor possível. Por isso, estamos averiguando o fato para tomar as medidas cabíveis."
A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro também foi procurada pela reportagem, mas ainda não confirmou se houve o registro do boletim de ocorrência.
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