Vaticano cogita a ordenação de mulheres na região do Amazonas; entenda

O Vaticano está estudando o papel da mulher na Igreja Católica e, como resultado, pode abrir uma exceção histórica no próximo ano: a ordenação de mulheres como sacerdotisas.
A proposta surgiu oficialmente em um documento publicado pela Santa Sé na sexta-feira (8) que adianta pautas do Sínodo Especial para a Região Pan-Amazônica, uma assembleia de bispos da região que acontecerá em outubro de 2019.
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O texto discute as dificuldades para a evangelização da região, dada a densidade de matas, a baixa adoção do catolicismo pela população indígena e, principalmente, o número pequeno de padres disponíveis para cobrir uma enorme área, que se estende pelos territórios do Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela e Guiana Francesa.
Ainda segundo o texto que funcionará como base para as discussões e possíveis decisões da Igreja, "um dos principais pontos que devem ser ouvidos é o choro de milhares de comunidades privadas da Eucaristia aos domingos por longos períodos".
Em certo ponto do documento, a Santa Sé reconhece que "é necessário identificar que tipo de ministério oficial pode ser conferido às mulheres, levando em consideração o papel central que elas possuem na Igreja Amazônica hoje".
Além disso, a Igreja discutirá diversidade e a necessidade de formar clérigos de origem indígena para que possam "reafirmar sua própria identidade cultural e seus valores".
Durante uma coletiva de imprensa após a publicação do documento preparatório, o cardeal Lorenzo Baldisseri afirmou que a "Igreja não é estática e que há possibilidade de movimento".
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