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Ariana Grande em carta para comunidade LGBTQ: "Aprendi com as drags queens"

A cantora Ariana Grande - Divulgação
A cantora Ariana Grande Imagem: Divulgação

Da Universa

01/06/2018 16h27

Ariana Grande foi a escolhida da Billboard norte-americana para escrever uma carta destinada a comunidade LGBTQ, promovendo o Mês do Orgulho LGBTQ, comemorado em junho.

No relato, a cantora fala sobre como foi crescer ao lado do irmão gay, como as drag queens a inspiraram em sua carreira e como se vê apoiada pela comunidade desde que começou a cantar, quando ainda frequentava os bares de Nova York em meio às apresentações dos musicais que participou na Broadway. 

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"Não há nada mais infeccioso que a alegria e o amor que a comunidade LGBTQ exala. Eu cresci com um irmão gay, e queria imitar todos os movimentos dele. Eu o idolatrei. Tudo que Frankie fazia, eu faria. Eu não consigo me lembrar de uma diferença entre o Frankie antes de se assumir e depois de se assumir. Ele sempre foi apenas o Frankie. Sexualidade e gênero nunca foram tópicos na minha família, e eu tinha medo de discutir. Quando Frankie se assumiu, meu avô surpreendentemente imperturbável (para sua idade) disse: ‘parabéns! Podemos jantar agora? Estou com fome’.

Eu aprendi a fazer maquiagem com as drag queens nos bares gays de Nova York. Eu estreei na Broadway aos 14 anos e fiz oito apresentações por semana, mas não havia uma noite sequer em que eu estivesse cansada suficiente para não ir a um bar gay e cantar um cover de Whitney antes de ir para cama.

Minha música ser abraçada e celebrada pela comunidade LGBTQ é tudo com que eu verdadeiramente me preocupei quando pensei sobre os objetivos da minha carreira lá no início. Não há prêmio que eu poderia receber ou conquista que poderia alcançar que me preencheria mais do que ver um drag queen de 1,80m com um rabo de cavalo de um metro entrando no meu Meet & Greet e dizendo ‘oi garota’ ou encontrando uma pessoa queer no Starbucks e sabendo que minha música a ajudou a ser quem é. Literalmente nada substitui isso.

Amor é como música. Não conhece fronteiras e não é exclusivo de nenhum gênero, sexualidade, raça, religião, idade ou crença. É livre e uma luxúria deliciosa que todas as pessoas deveriam ser capazes de desfrutar de cada momento.

Estou eternamente em dívida e inspirada com a comunidade LGBTQ. Eu espero criar hinos para vocês se envolverem com conforto e para tornar a vida de vocês melhor enquanto eu viva. Obrigada por me celebrar do jeito que eu celebro vocês.

Amo vocês, para sempre."