Estudante trans desaparecida no RJ foi executada, diz família
A família de Matheus Passareli Simões Vieira, de 21 anos, conhecida como Matheusa, confirmou nesta segunda-feira (7) que a estudante de Artes Visuais da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), que estava desaparecida há uma semana, está morta.
A irmã da vítima, Gabe Passareli, comunicou em seu perfil no Facebook que a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) da Polícia Civil constatou que Matheusa foi executada em uma favela da zona norte do Rio.
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"As buscas se intensificaram após o anúncio do desaparecimento da minha irmã (...). Sobre seu corpo, também segundo informações colhidas pela DDPA, foi queimado e poucas são as possibilidades de encontrarmos alguma materialidade, além dos milhares que a Matheusa deixou em vida e que muito servirão para que possamos ressignificar a realidade brutal que estamos vivendo", escreveu Gabe.
A estudante desapareceu após deixar uma festa de aniversário no dia 29 de abril, no bairro do Encantado, também na zona norte do Rio. O caso continua sendo investigado pela DDPA para apurar as causas do crime.
Matheusa tinha grande relação com o universo da moda, inclusive desfilou na última edição da Casa de Criadores, para o estilista Fernando Cozendey (no post abaixo estão fotos do desfile). Ela também estava envolvida com o projeto Jacaré Moda, rede que conecta pessoas, periferias e potências criativas por meio da moda, e fazia parte do casting da agência de modelos SQUAD.
Ser trans no Brasil é lutar para existir
Falar da população transgênero no Brasil é expor estatísticas cruéis. A começar pela expectativa de vida dessas pessoas: 35 anos contra 75,5 do restante da população. Pudera: falta saúde. Para estimados 752 mil trans brasileiros há ambulatórios especializados em apenas 11 cidades do país.
*Com Agência Brasil
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