SPFW 2018: Modelos trans e drags marcam presença nas passarelas

A 45ª edição da São Paulo Fashion Week foi marcada pela diversidade nas passarelas. Marcas como Água de Coco, Memo, Juliana Jabour e Amapô trouxeram casting com etnias, formas de corpo e identidades de gêneros mais diversificados do que o habitual. 

"Acho que ainda estamos no caminho e pode ser feito bem mais", conta Kiara Felippe, modelo trans que desfilou pela Memo, à Universa. "Ainda vejo a SPFW como algo elitista e de maioria branca, mas estão havendo mudanças necessárias e diferentes corpos estão sendo inseridos nessa cena. Algo muito importante, porque ainda hoje as marcas não representam nem vestem pessoas da vida real." 

Veja também: 

• SPFW: 5 tendências das passarelas para usar já
• Maquiagem para negras: 5 inspirações para usar já!
• Aos 14 anos, ela vive com doença crônica e sonha ser modelo profissional

"Senti uma alegria imensa de poder levar minha arte. Fiquei animada em ver corpos negros, femininos e transsexuais. Então toda essa junção foi maravilhosa", continua Kiara. 

Também na Memo, Kimberly Romay foi outro rosto do casting diverso. Também dançarina, ela foi responsável pela performance que consistiu em uma "batalha de looks" proposta pela marca na passarela. 

Rosto conhecido de outras edições da SPFW, a modelo Marcela Thomé já é um dos destaques. Aos 21 anos, a neotop passou por uma cirurgia de redesignação sexual aos 18 e começou a carreira nas passarelas em 2017. Nesta temporada, desfilou para marcas como Água de Coco, Amir Slama e Juliana Jabour. 

No último dia da semana de moda, a Amapô se destacou por levar à passarela um casting de não-modelos, formado por amigos e conhecidos das fundadoras da marca, Carô Gold e Pitty Taliani. Urias, conhecida por ser amiga próxima de Pabllo Vittar, e a drag Shady Jordan fizeram bonito no divertido desfile.