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Érika Januza fala de racismo: "Desde pequena ouvia que meu cabelo é ruim"

Érika Januza - Divulgação/Marie Claire
Érika Januza Imagem: Divulgação/Marie Claire

da Universa, em São Paulo

04/04/2018 16h00

Diante do sucesso de Raquel, sua personagem de "O Outro Lado do Paraíso" que luta ativamente contra o racismo de Nádia (Eliane Giardini), Érika Januza acredita que é seu papel usar sua visibilidade para questionar, impactar e combater o preconceito na sociedade.

“Sei que ocupo um lugar importante, então, quando posso, falo das minhas experiências como cidadã negra. E nos identificamos. O que passo é parecido com o que todas as mulheres negras deste país passam, seja uma atriz, seja uma doméstica", disse a atriz à revista "Marie Claire" de abril.

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À publicação, a intérprete da juíza — que por quase toda a trama foi impedida de se relacionar com Bruno (Caio Paduan) por causa da cor da sua pele — relembrou experiências difíceis que viveu desde cedo por conta do preconceito.

"Como toda pessoa negra, desde pequena ouvi dizerem que meu cabelo era ruim, bombril, duro. Foi um processo dolorido de aceitação", disse. A atriz já havia afirmado à Universa em março que nem mesmo o fato de ser conhecida a livra de continuar a enfrentar racismo no cotidiano.

"Somos todos descendentes de africanos e isso nos une", concluiu, em tom otimista, à revista.