Chefe é responsabilizada por suicídio de jovem de 17 anos nos EUA

Um tribunal do condado de Howard, nos Estados Unidos, considerou, nesta terça-feira (31), o suicídio de um adolescente de 17 anos que sofria bullying no trabalho e na escola um “homicídio involuntário”. Kenneth Suttner era alvo de humilhações e piadas por seu excesso de peso, sua dificuldade de fala e jeitos de andar e falar, há anos, no trabalho e na escola. Ele se matou em 21 de dezembro. As informações são do jornal "Columbia Daily Tribune".
Assim que o veredicto foi anunciado, autoridades policiais deixaram a corte para prender Harley Branham, gerente da lanchonete Dairy Queen em Fayete, onde o adolescente trabalhava. A gerente negou que cometesse bullying com o garoto. A empresa foi considerada negligente por não treinar seus funcionários a fim de coibir a prática.
Segundo testemunhas ouvidas, Harley ridicularizava Kenneth repetidamente e o obrigava a fazer tarefas que ninguém mais na lanchonete tinha de fazer, como limpar o chão estando deitado de barriga nele. Ela também foi acusada de ter atirado um hambúrguer no jovem, que não teria feito o lanche corretamente.
No veredicto, a Glasgow High School --escola que o adolescente frequentava-- foi citada como omissa por não ter tomado providências sobre as ofensas dirigidas a Kenneth pelos colegas. A mãe do jovem, Chanda Graves, disse no tribunal que um professor da instituição também chegou a ridicularizar o filho.
Em um pronunciamento lido no tribunal, a família de Kenneth, ao ouvir o veredicto, disse que era a justiça sendo feita e a voz do garoto sendo, enfim, ouvida.
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