Produzir a decoração do casamento custa menos e garante autenticidade
A tendência “DIY” (Do It Yourself - faça você mesmo, em tradução livre) não deve sair do universo dos casamentos tão cedo. Cada vez mais, os noivos arregaçam as mangas para produzir a festa de um jeito próprio. Dessa forma, não só economizam como garantem um evento autêntico e fiel ao que tinham imaginado desde o início. A seguir, você conhece a história de três noivas que criaram cada detalhe da decoração do grande dia.
Personalização e charme
Quando iniciou os preparativos para o casamento com o chef de cozinha João Lima, 32, a gerente administrativa Cristina Assef, 26, assustou-se com os valores cobrados por empresas de decoração. Além de caros, os itens vendidos não agradavam ao casal. “Nas festas que víamos, tínhamos a sensação de que tudo era copiado e colado, só mudavam os noivos e os convidados”, diz.
Decidiram, então, produzir tudo do jeito deles. Em vez de arranjos de flores altos e imponentes, os convidados que foram ao casamento em fevereiro viram centros de mesa discretos e com jeito de casa de avó. João fez vasos com discos de vinil enfeitados com samambaias e mosquitinhos comprados pelo casal. No local da cerimônia, grandes vasos que pertenciam à madrinha do noivo serviram para acomodar painas recém-colhidas pela noiva e amigos, um dia antes do evento.
Pertencentes ao acervo do noivo, objetos antigos como rádio, malas e máquina de escrever também entraram na decoração que, no fim das contas, custou menos de R$ 500. “O casamento ‘DIY’ tem um charme inexplicável, por ter um pedaço dos noivos em cada cantinho. É como se a nossa essência estivesse colocada em cada item que compôs aquele momento tão especial”, diz Cristina.
A descoberta de um dom
Mesmo nunca tendo trabalhado com artesanato, a técnica em vestuário Aline Cristina dos Santos, 28, decidiu que produziria ela mesma os itens de decoração do seu casamento, a ser realizado em outubro. “O que me agrada no mercado custa um valor absurdo e o que posso pagar não atende o meu gosto”, diz.
Assim, assumiu a responsabilidade por boa parte dos elementos decorativos: centros de mesas, flores de feltro, porta-retratos, forminhas de doces e arranjos florais. Para dar conta da tarefa, ela conta com a ajuda do noivo, da mãe, prima e cunhada. “O que vai me dar mais trabalho, com certeza, é uma bola de isopor que vou preencher com flores de cetim feitas a mão. Serão 60 bolas, cada uma com 35 flores. A produção de cada flor leva em média oito minutos e ainda não fiz nem a metade da quantidade necessária”, diz. “Tudo dá trabalho porque requer tempo, padronização e capricho. Sem contar que eu nunca tinha feito nenhum desses enfeites antes. Então, quebro a cabeça”, explica.
A três meses da data marcada e há oito meses de trabalho intenso --uma hora por dia durante a semana e o dia todo, nos finais de semana-- a técnica em vestuário não nega o cansaço. “É muito estressante fazer tudo, mas é, também, muito gratificante olhar para cada item e saber que fui eu quem fez. Sei que cada convidado vai ver amor em cada detalhe, porque esse é o ingrediente mais especial”, afirma.
Pouco dinheiro e descontração
Flores de papel, cata-ventos, garrafas de vidro revestidas de barbantes coloridos, cortinas de voal e a própria iluminação da festa estão a cargo da técnica de segurança do trabalho Thamires de Freitas, 25, e do fisioterapeuta Filipe Sabóia, 27. “Ele que teve a iniciativa de fazer tudo. Inclusive, já produziu quase todas as garrafas e flores. Eu sou péssima em trabalhos manuais”, diz Thamires.
Com um orçamento limitado em R$ 10 mil para tirar do papel o casamento que acontecerá em setembro, os noivos se orgulham de ter gasto até o momento pouco mais de R$ 100 com a matéria-prima dos elementos decorativos. “Muitos dos itens que vão compor o ambiente, como garrafas, paletes e caixotes de madeira, conseguimos de graça”, diz.
A partir de fotos e tutoriais em vídeos disponíveis na Internet, eles aprenderam a confeccionar cada item que ambientará o enlace. “Apenas escolhemos nossas cores preferidas para produzir os elementos, não tivemos nenhuma preocupação em criar uma unidade de decoração. Gostamos do estilo descontraído”, diz Thamires.
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