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Miniclássicos e design "infantil" oferecem ludicidade e ergonomia aos móveis para crianças

A peça Eames Elephant foi criada por Charles & Ray Eames em 1945 e pode ser usada como brinquedo - Divulgação
A peça Eames Elephant foi criada por Charles & Ray Eames em 1945 e pode ser usada como brinquedo Imagem: Divulgação

Karine Serezuella

Do UOL, em São Paulo

10/10/2012 06h58

O quarto das crianças - ou a brinquedoteca - precisa ser projetado e decorado para que se torne um ambiente lúdico e, acima de tudo, seguro. Assim, para compor um espaço para as brincadeiras e criar uma identidade com os pequenos, os designers brasileiros – e os gringos –, não é de hoje, têm se dedicado às criações exclusivas para o mobiliário infantil. E ainda há aqueles que se aventuram também nesse universo com versões de suas famosas peças em escala reduzida para a criançada.

Design para os pequenos

No Brasil, existem marcas nacionais que trabalham exclusivamente para criar móveis que sejam funcionais e divertidos para a molecada. Para a designer Joyce Moraes, da Casa Ilustrada, desenhar para os pequenos é exercitar a imaginação o tempo todo. “É voltar a ser uma criança que olha para uma caixa e enxerga um barco ou uma casinha; isso treina meu olhar criativo”, avalia.

Além de se inspirar na própria infância, Moraes tem como referência o trabalho do designer espanhol Javier Mariscal, que assina o design de peças infantis para a italiana Magis. Entretanto, não bastam as ideias – é necessário inseri-la no mundo real dos materiais, processos, mão de obra e logística. De acordo com a designer, para solucionar os problemas de desenvolvimento, produção e viabilidade da peça, é preciso criatividade, persistência e paciência.

Da peça original para a versão infantil

  • Divulgação

    A versão infantil da famosa cadeira Louis Ghost do designer Philippe Starck

Para os que admiram o design de projetistas renomados como Philippe Starck, Arne Jacobsen e Verner Panton, é possível investir em uma peça consagrada - em tamanho reduzido para as crianças. Por exemplo, Starck criou a versão “baby” da cadeira de policarbonato Louis Ghost. A peça infantil, denominada Lou Lou Ghost, mantém a forma e a ergonomia da cadeira original.

A poltrona Pantosh, da marca brasileira Lattoog, também foi adequada para o público infantil a partir de sete anos. Mas por que adaptá-la ao universo da criançada?

O arquiteto e designer da Lattoog, Leonardo Lattavo, explica que o sucesso comercial da peça os levou a desmembrá-la em outras ações paralelas, como a versão reduzida. “O que acabou suprindo uma demanda que tínhamos por móveis para crianças”, completa.

Para desenvolver esta primeira peça infantil, a marca realizou testes com a ajuda dos pequeninos para acertar a ergonomia. Lattavo diz que a ideia é continuar a transportar outros móveis - como o sofá Knot e a poltrona Redonda -  para a escala reduzida. A molecada - e a decoração - agradecem.