Adaptáveis, plantas da Mata Atlântica dão colorido exuberante ao jardim
Quando se fala em Mata Atlântica não há quem não pense em plantas e animais ameaçados de extinção. De fato, esse ecossistema rico estendia-se ao longo de 17 estados (do Rio Grande do Sul ao Piauí, atingindo territórios centrais, como Minas Gerais), mas hoje restam cerca de 8% de remanescentes florestais acima de 100 hectares.
Decretada “Reserva da Biosfera”, pela Unesco, e “Patrimônio Nacional” pela constituição de 1988, o bioma atlântico oferece exemplares de fauna exuberante que podem ser aproveitados em paisagismos. Porém, as variedades devem ser compradas apenas de produtores regulamentados e em viveiros controlados. “Sempre recomendo adquirir mudas de produtores qualificados e nunca, em hipótese alguma, retirar exemplares da mata”, explica o paisagista Alex Hazanaki.
Já para o paisagista Paulo Heib, antes de se pensar em montar um jardim com as espécies nativas, é importante conhecer a composição dessa mata: basicamente, ela se apresenta uma floresta de árvores altas (20 a 30m de altura), com muitas plantas epífitas (samambaias, orquídeas, bromélias), grande variedades de arbustos e palmeiras e também algumas frutíferas. Sob as copas, também há muitas forrações que gostam de sombra ou meia-sombra.“Com exceção das árvores de grande porte, qualquer dessas plantas podem ser cultivadas em vasos ou jardineiras”, explica Heib.
Para garantir uma manutenção pouco custosa em tempo, Hazanaki indica que o ideal é ir atrás de mudas de fácil manejo: “é possível fazer um jardim de médio porte com espécies da Mata Atlântica que apresentam fácil adaptação na maior parte do território nacional”, afirma.
De acordo com Higino Aquino, diretor de desenvolvimento do Instituto Brasileiro de Florestas, o crescimento das árvores difere bastante conforme a espécie e o recipiente de cultivo. Assim, para Aquino, o ideal é realizar o plantio de mudas com um grau de rustificação elevado, que demandam menos manutenção e possuem probabilidade de morte reduzida. O plantio de sementes é mais complexo devido justamente ao processo de “quebra de dormência”, já que algumas espécies demandam técnicas e procedimentos específicos para a germinação.
Existem muitas espécies com cultura facilitada como ipês, filodendros, pau-brasil, jabuticabeira, pitangueira, goiabeira, araçá, embaúba, begônias, algumas helicônias, orquídeas, bromélias, samambaias e o manacá-da-serra. Tais variedades são usadas no paisagismo brasileiro e não requerem nenhum tipo de cuidado específico, levando grande vantagem adaptativa sobre espécies exóticas.
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