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Coleção de Gaultier aposta em ninfas e sereias

Look da coleção Verão/08 de Jean Paul Gaultier - AFP
Look da coleção Verão/08 de Jean Paul Gaultier
Imagem: AFP

23/01/2008 17h58

A coleção de Jean-Paul Gaultier para a primavera-verão 2008 (hemisfério norte) aposta em sereias de mantos prateados, dourados, coloridos, às vezes azulados, ondas e em outras ninfas de universos marinhos imaginários.

O estilista elegeu os salões do prédio que ocupa no centro de Paris para exibir suas idéias - e receber a atriz Catherine Deneuve - a um considerável leque de herdeiras de acento oriental e outros VIPs que desejam contemplar seu grande espetáculo.

Incríveis bordados e aplicações de pedras e lantejoulas, véus sobre sombrinhas transparentes, muito ouro e prata, às vezes em simples saias retas combinadas com camisetas de marinheiro, e conjuntos de luxo inusitado, marcaram sua coleção.

O xale de Manila dividiu inspiração com dragões, lobos de mar e outros personagens marinhos, com suas tradicionais franjas transpassadas, até confeccionar um surpreendente vestido.

Em algumas ocasiões, o efeito Manila, seus cravos bordados, cobriram um vestido ou uma sombrinha. As modelos usavam cabelos ondulados e grandes.

Vestidos curtos de ampla túnica, com grandes mangas também trapézios, modelos retos até acima dos joelhos, bordados com escamas em tons aquáticos, turquesas e verdeados, com pérolas e motivos prateados ou dourados, foram outros elementos recorrentes na coleção de Gaultier.

A escama, incrustada, bordada, gravada, beireada, deixou sua marca em todo tipo de modelos, muitos deles entalhados, em forma de vestidos sereia longos, pretos ou dourados.

O mais justo de todos foi o último, o de noiva, combinado com o já característico sutiã pontiagudo da casa, sobre uma saia dourada de lantejoulas que impedia a modelo de andar. Por isso, ela precisou entrar com vistosas muletas de coral na passarela.

Já Valentino, de 75 anos, prometia dar esta noite o momento especial do terceiro dia de desfiles de alta costura de Paris, após ter se despedido em outubro do prèt-à-porter e ter eleito a capital francesa para dar seu último adeus à alta costura.

O mestre promete fazer uso hoje de toda sua arte, nesta última e histórica coleção.

Franck Sorbier deleitou o público no Circo de Inverno com uma coleção de complexa e excelente cenografia na qual homenageou o Tahiti, com um ritual tradicional incluído.

Ele também apostou nos anos 20 e 30, em finais do século XIX e nos anos 70, de sua juventude.

Estes últimos com vestidos curtos multicoloridos, entalhados sobre ampla saia, usados sempre por modelos muito magras.

Também apostou em bordados; além de suas matérias-primas de inevitável luxo, da organza à seda, o linho ou as pedras preciosas, a alta costura Sorbier teve suas surpresas na utilização da ráfia, ou do tecido extraído diretamente do jeans, "recuperados" e desfiados, os velhos 501 da Levi's.

A ráfia para acompanhar delicados vestidos princesa de cor terra, o jeans porque o estilista quis combinar sua mulher elegante com um homem do mesmo estilo, vestido conforme a ocasião, neste caso um piquenique no campo, em outros um passeio ou uma estadia na praia.

Elie Saab mostrou seu verão Mil e uma Noites de voluptuosos vestidos com suntuosos bordados, rosas, prateados, celestes ou dourados, curtos ou longos, freqüentemente assimétricos.