Alternativa à vasectomia, gel contraceptivo masculino é aprovado em testes com macacos
Substância é injetada e bloqueia passagem dos espermatozoides; vantagem é que seu efeito pode ser revertido com outra injeção.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, concluíram, com sucesso, testes em macacos de um novo tipo de contraceptivo masculino em formato de gel.
Segundo os especialistas, o medicamento não tem contraindicações e não modifica a produção de hormônios masculinos.
O gel foi aplicado em 16 macacos machos adultos, dez dos quais já tinham sido pais. Os animais foram monitorados durante uma semana com o remédio e liberados em seguida com fêmeas férteis.
O acasalamento ocorreu, mas nenhuma das fêmeas ficou grávida ao longo do estudo, que incluiu dois períodos de reprodução completa para alguns animais.
Chamada de Vasalgel, a substância é injetada no canal que leva os espermatozoides ao pênis e bloqueia sua passagem --a exemplo do que ocorre na vasectomia.
Segundo os especialistas, o gel pode funcionar por até dez anos.
Os médicos disseram que querem iniciar testes em humanos nos próximos anos. Se aprovado, o novo método será o primeiro novo contraceptivo masculino a chegar ao mercado em muitas décadas.
Contraceptivo masculino
Atualmente, homens têm duas opções principais de contraceptivo --a camisinha (que também previne doenças) ou a operação de esterilização, a vasectomia, para bloquear o caminho dos espermatozoides ao pênis.
Os especialistas afirmam que o Vasalgel tem a vantagem de poder ter seu efeito revertido com uma simples injeção de bicarbonato de sódio nos mesmos canais.
Em teoria, essa outra injeção deve dissolver o gel --o que funcionou em testes iniciais com coelhos. Pesquisadores, no entanto, ainda têm de provar o mesmo efeito em macacos e no homem.
A vasectomia pode ser reversível, mas a operação é complicada e não tem garantia de sucesso.
A ideia do Vasalgel não é nova. Outro experimento semelhante com gel contraceptivo masculino também está sendo testado em homens na Índia. A diferença é que o Vasalgel não foi projetado para desabilitar o espermatozoide, como é o caso do outro gel, batizado de RISUG.
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