10 motivos que costumam impedir que a mulher tenha um orgasmo
O orgasmo é o pico do prazer sexual. Mas, para muitas mulheres, o clímax é difícil de ser atingido --muitas, inclusive, nunca conseguiram. "Toda mulher pode sentir e sabe reconhecer um orgasmo", afirma Amaury Mendes Júnior, ginecologista, terapeuta sexual e professor do ambulatório de sexologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
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E continua: "As dificuldades começam a aparecer se ela foi reprimida durante a infância e a juventude e, por isso, não reconhece o seu corpo como fonte de prazer. Nesses casos, o estímulo do parceiro pode ser essencial para que ela se solte e seja feliz sexualmente". A seguir, o UOL explica dez motivos que podem impedir o orgasmo feminino de acontecer.
Fontes: Amaury Mendes Júnior, ginecologista, terapeuta sexual e professor do ambulatório de sexologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro); Paula Napolitano, terapeuta sexual e Walkíria Fernandes, terapeuta sexual.
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Educação repressora
A primeira condição para que a mulher consiga atingir o orgasmo é o fato de encarar o sexo como algo bom, prazeroso e de seu direito. Se, na infância, foi ensinado a ela que o ato sexual é algo sujo e proibido, um bloqueio será formado. Assimilando desta forma, fica difícil haver entrega ao desejo e, com certeza, isso impedirá o orgasmo. Muitas vezes, a educação repressora leva a mulher a contrair disfunções sexuais, como o vaginismo (dor na penetração), já que não consegue se esquecer dos ensinamentos absorvidos na infância e na adolescência.
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Não conhecer o próprio corpo
Não se conhecer sexualmente pode impedir que o orgasmo aconteça, já que você não sabe qual parte do corpo é mais sensível e o que traz prazer. A mulher não é tão estimulada a se masturbar quanto o homem, mas precisa entender que isso é fundamental. Só assim, explorando o corpo e se tocando, ela perceberá as sensações que lhe agradam. Quando a mulher sabe o que gosta, é capaz de mostrar ao parceiro como e onde prefere ser tocada. Além disso, durante a penetração, pode buscar o estímulo no clitóris, por exemplo, para levá-la ao orgasmo de maneira mais intensa.
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Estresse
O sexo é algo que exige energia e entrega total para que a satisfação aconteça. E se a mulher está estressada, consequentemente, fica impaciente, cansada e pouco disponível para momentos de intimidade. Quando a relação sexual ocorre com a mulher nessas condições, dificilmente ela conseguirá se concentrar, devido às diversas coisas que ocupam sua cabeça e a excitação não acontecerá. O estresse ainda libera cortisol no corpo, substância que interfere em neurotransmissores responsáveis pelas sensações de prazer, como a dopamina e a endorfina. Assim, o desejo fica inibido, o que atrapalha na lubrificação vaginal e dificulta o orgasmo.
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Pressão do parceiro
Para muitos homens, o orgasmo feminino é uma espécie de prêmio. E a pressão do parceiro sobre a mulher pode virar um problema para que ela alcance o clímax. A pressão é explícita e a mulher fica preocupada, agoniada, e acaba não conseguindo se entregar ao prazer. Quando o assunto é sexo, quanto mais tentamos chegar a uma resposta, mais longe ela fica. É preciso conversar sobre o tema, pois pode ser fruto de uma insegurança do homem que acha que, se a parceira não gozar, há algo de errado com ele.
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Vergonha do próprio corpo
Esse problema vem acompanhado de baixa autoestima e, para ser feliz sexualmente, assim como em outros aspectos da vida, é preciso estar bem consigo mesma. Esse tipo de sentimento impede o orgasmo feminino, uma vez que a mulher, presa à insegurança, não conseguirá deixar a tensão de lado. A mulher que sente vergonha de ficar nua na frente do parceiro, quando fica, se retrai, não consegue aproveitar o ato sexual e alcançar a excitação. Consequentemente, não chegará ao orgasmo.
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Falta de diálogo com o parceiro
Não ter liberdade e intimidade para falar sobre sexo com quem você tem relações sexuais pode inibir o orgasmo, pois não conseguir expressar o que lhe dá prazer deixa a mulher insegura e mais ansiosa. O diálogo costuma ser o maior afrodisíaco para a relação a dois, pois o casal fica mais próximo. Conhecer as preferências do par é um grande desafio e, nessa hora, a intimidade pode ser a grande aliada. Você pode se perguntar como gostaria que o seu parceiro falasse sobre isso ou demonstrar na hora da transa com o próprio corpo, usando as mãos, por exemplo.
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Ciclo menstrual
Cada mulher reage de uma forma aos hormônios durante o mês, mas é quase certo que todas terão queda de libido durante a TPM (tensão pré-menstrual). A semana que antecede a menstruação é a pior para que se chegue ao orgasmo. E o motivo é simples: enquanto na ovulação os hormônios estão a toda --e a excitação também--, nessa fase eles entram em queda e o desejo sexual vai junto. Além disso, a perda de serotonina e endorfina, hormônios do bem-estar, trazem variação de humor e concentração, entre outras coisas, como displasia (dor nas mamas) e retenção de líquido, que podem tornar o sexo doloroso.
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Experiências negativas
Abuso sexual ou moral pode dificultar o orgasmo feminino no futuro. Depois de passar por experiências ruins, a autoestima diminui e desencadeia disfunções sexuais, como consequência do medo de repetir o que passou. Muitas mulheres chegam ao consultório achando que o problema é físico, por não conseguirem atingir o clímax e, na verdade, é emocional. Outra consequência é passar a fingir o orgasmo sempre, por achar que não vai conseguir, já que naquela vez, no passado, foi ruim e não aconteceu. Quando a mulher finge o orgasmo, fica mais preocupada em mostrar ao parceiro que está se satisfazendo do que em tirar proveito das suas reais sensações. A excitação e o orgasmo dependem da entrega ao ato sexual. Se é algo fingido, ela não está se entregando, está apenas representando.
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Ansiedade
A ansiedade mais comum na área da sexualidade é em relação ao próprio desempenho na cama, ligada também à preocupação de o orgasmo acontecer ou não. Esse tipo de angústia pode dificultar a vida sexual de maneira geral, mas ficar pensando se você vai conseguir chegar 'lá' a impede de se concentrar e sentir a excitação. Dessa forma, a chance de não atingir o que tanto anseia acaba sendo muito grande.
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Remédios e álcool
Alguns anticoncepcionais e antidepressivos podem ter como efeito colateral a queda do desejo sexual, mas é algo muito particular. Por isso, é fundamental o acompanhamento médico. Sempre que o uso de medicamentos constantes for necessário, é importante o período de adaptação. E se influenciar nas respostas sexuais, verifique com o especialista se o remédio pode ser substituído. Já o álcool interfere no sistema nervoso central, diminuindo a ação dos hormônios responsáveis pelo prazer, o que dificulta a lubrificação e o orgasmo.
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