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Temos 27 tipos de emoções, não apenas seis, aponta estudo

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Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

12/09/2017 20h10

Pesquisadores norte-americanos identificaram 27 tipos de emoções que caracterizam as reações humanas às mais variadas situações, desafiando a velha suposição da psicologia que resume esses sentimentos em apenas seis tipos --felicidade, tristeza, medo, surpresa, raiva e nojo.

O estudo, publicado em agosto na revista científica "Proceedings of the National Academy of Sciences", usou modelos estatísticos para analisar a reação de 853 homens e mulheres a 2.185 vídeos silenciosos de 5 a 10 segundos capazes de despertar as mais variadas emoções.

"Descobrimos que 27 emoções distintas, e não seis, foram necessárias para explicar a forma como os voluntários respondiam a cada um dos vídeos exibidos", afirmou Dacher Keltner, professor de psicologia da Universidade da Califórnia e autor do estudo.

As emoções encontradas foram: admiração, adoração, apreciação estética, diversão, ansiedade, temor, estranheza, tédio, calma, confusão, desejo, nojo, dor empática, encantamento, inveja, excitação, medo, horror, interesse, alegria, nostalgia, romance, tristeza, satisfação, desejo sexual, simpatia e triunfo.

Ao analisar a distribuição dos estados emocionais relatados, os pesquisadores descobriram variantes suaves de emoção entre, por exemplo, o espanto e a paz, o horror e a tristeza, e a diversão e adoração. "Os estados emocionais relatados ocupam um espaço categórico complexo e de alta dimensão", apontou o estudo.

Complexidade que levou os autores a criarem um mapa multidimensional e interativo para demonstrar como as diferentes emoções se conectam entre si. 

"Tudo está interligado", relata Alan Cowen, autor principal do estudo. "As experiências emocionais são muito mais ricas e mais matizadas do que se pensava anteriormente".

"Nossa esperança é que nossas descobertas ajudem outros cientistas a capturar mais precisamente os estados emocionais que estão subjacentes aos estados de espírito, à atividade cerebral e aos sinais expressivos, levando a melhores tratamentos psiquiátricos, a uma compreensão do cérebro baseada na emoção e tecnologia sensível ao nosso sentimento emocional necessidades", conclui.