Soyuz com androide Fiodor a bordo não consegue se acoplar à estação espacial
Moscou, 24 ago (EFE).- A nave Soyuz MS-14 com o androide russo Fiodor como único tripulante não conseguiu neste sábado se acoplar à Estação Espacial Internacional (EEI), onde era esperada pelos seis ocupantes da plataforma orbital, segundo o Centro de Controle de Voos (CCV) da Rússia.
A operação de acoplamento deveria ter ocorrido de maneira automática às 5h30 GMT (2h de Brasília), mas uma falha técnica do sistema Kurs impediua estabilização da Soyuz, e por isso o CCV decidiu afastá-la para cerca de 300 metros da estação por motivos de segurança.
A Nasa (agência espacial dos Estados Unidos) também confirmou que o problema técnico não era da nave, mas do sistema de acoplamento Kurs, de fabricação russa.
Os tripulantes da estação espacial - os russos Alexei Ovchinin e Aleksandr Skvortsov, os americanos Andrew Morgan, Nick Hague e Christina Koch, e o astronauta italiano da Agência Espacial Europeia (ESA) Luca Parmitano - tentarão solucionar a falha que impediu o acoplamento e substituirão a peça danificada em caso de necessidade, segundo a fonte.
A agência espacial russa (Roscosmos) informou que a EEI e os seis astronautas que a habitam estão fora de perigo e que na madrugada de segunda-feira a Soyuz tentará novamente se acoplar à plataforma.
O chefe das missões de voo da parte russa da EEI, Vladimir Soloviov, explicou que a decisão foi tomada após ele entrar em contato com a tripulação da estação, segundo a agência de notícias "RIA Novosti".
Por sua vez, a Nasa disse que a manobra poderá ser repetida dentro de 24 ou 48 horas.
Segundo especialistas, o motor da Soyuz tem reserva suficiente de combustível para tentar se acoplar à estação espacial por uma semana.
Caso não tenha sucesso, a Soyuz seria guiada para o oceano, o que representaia um grande revés para a indústria espacial russa.
A Soyuz MS-14 foi lançada na quinta-feira na base de Baikonur, no Cazaquistão, com o primeiro andróide russo, Fiodor, que deveria permanecer na estação durante 14 dias.
Chamado oficialmente de Fedor pelo acrônimo em inglês (Final Experimental Demonstration Object Research), o robô foi rebatizado pela imprensa russa como Fiodor devido à similaridade com o nome de batismo e, além disso, responde nas comunicações com a Terra com o código Skybot-F850.
O androide foi desenvolvido em 2014 por encomenda do Ministério para Situações de Emergência da Rússia com o propósito inicial de ser usado na retirada de pessoas de áreas afetadas por deslizamentos ou incêndios, assim como por contaminação química e radioativa. EFE
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