Índia localiza módulo de pouso lunar com o qual havia perdido contato
Nova Délhi, 10 Set 2019 (AFP) - Cientistas indianos estavam tentando nesta terça-feira (10) estabelecer comunicação com seu módulo de pouso lunar acidentado, depois de localizarem a sonda que ficou em silêncio momentos antes do horário previsto para fazer um pouso suave histórico.
A sonda, chamada Vikram - em homenagem ao fundador do programa espacial da Índia - deveria pousar na Lua nas primeiras horas do sábado, mas o contato foi perdido a cerca de 2,1 quilômetros acima da superfície.
A Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO) tuitou uma atualização sobre sua missão Chandrayaan-2, que começou em julho com a Índia na esperança de se tornar o quarto país a fazer um pouso lunar suave e bem-sucedido.
"O #VikramLander foi localizado pelo orbitador da #Chandrayaan2, mas ainda não há comunicação com ele. Todos os esforços possíveis estão sendo feitos para estabelecer comunicação com o lander", disse a agência espacial.
A missão espacial mais complexa do país asiático, carregando um orbiter, lander e rover, foi quase inteiramente projetada e fabricada na Índia - e custou a cifra relativamente modesta de US$ 140 milhões.
Relatos da mídia indiana disseram que a sonda sofreu um "pouso forçado", possivelmente danificando-a e a seu rover.
A agência de notícias Press Trust of India (PTI) informou na segunda-feira que o módulo de pouso estava intacto, mas estava deitado na superfície lunar, e que as chances de restaurar a comunicação eram baixas.
"A menos que tudo esteja intacto, é muito difícil (restabelecer o contato)", afirmou um funcionário da ISRO à agência.
"Somente se houvesse um pouso suave e todos os sistemas estivessem funcionando, a comunicação poderia ser restaurada. O cenário é desanimador", acrescentou.
Somente os Estados Unidos, a Rússia e a rival regional de Nova Délhi, a China, fizeram um pouso suave e bem-sucedido na Lua, e a Índia esperava ser a primeira a pousar um módulo no Polo Sul lunar.
Segundo a ISRO, o orbitador continuará circulando a Lua por quase sete anos, fornecendo "imagens de alta resolução que serão imensamente úteis para a comunidade científica global".
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