Solar Impulse 2 pousa na Espanha após viagem sobre o Atlântico
Sevilha, Espanha, 23 Jun 2016 (AFP) - O avião Solar Impulse 2 pousou nesta quinta-feira em Sevilha, sul da Espanha, três dias depois da decolagem em Nova York para a 15ª etapa de sua inédita volta ao mundo utilizando como combustível apenas a energia solar.
"Não posso acreditar. É tão fantástico", disse o piloto suíço Bertrand Piccard ao comunicar ao centro de controle do avião em Mônaco, ao vivo pela internet.
"É a primeira travessia do Atlântico de um avião solar!", celebrou, pouco antes de descer do avião, esgotado, depois da longa viagem solitária.
A aeronave pousou pouco antes das 7H40 locais (2H40 de Brasília) no aeroporto de Sevilha, após uma viagem de 6.272 quilômetros sobre o Oceano.
"Não era um voo fácil, tinha que abrir caminho entre as nuvens, passar por cima, suportar as turbulências", declarou à AFP o piloto suíço de 58 anos.
"Tentei simplesmente impregnar-me com a experiência, que é mágica", completou em uma entrevista por telefone.
Ele admitiu que pensou durante o voo no aviador americano Charles Lindbergh, outro pioneiro da aviação, que foi o primeiro homem a voar enter Nova York e Paris sozinho e sem escalas, em 1927.
O próprio Piccard já havia cruzado em duas ocasiões o Atlântico em balão.
Lindbergh queria "conectar o mundo" com as viagens de avião, mas "eu queria participar no desenvolvimento do uso das tecnologias limpas", disse à AFP.
Aplausos em SevilhaO Solar Impulse 2 havia decolado de Nova York na segunda-feira às 2H30 locais (5H30 de Brasília) e os internautas puderam acompanhar a viagem ao vivo, graças às câmeras instaladas na cabine, nas asas e na parte de trás do avião.
"Bravo, foi magnífico observar", elogiou em Mônaco o príncipe Albert, que passou a noite no centro de controle, onde os técnicos comemoraram a conclusão da etapa.
"Deve ter sido complicado com todos os aviões de caça ao redor e a patrulha espanhola", disse o príncipe, em referência às aeronaves mobilizadas pela Espanha para acompanhar o Solar Impulse 2 até o aeroporto de Sevilha.
"Cheguei no meio de uma exibição aérea, foi absolutamente extraordinário, me manteve desperto", respondeu Piccard.
O avião pousou sob aplausos no aeroporto de Sevilha, após a viagem de mais de 6.000 km sobre o Oceano, no primeiro voo transatlântico de um aeroplano alimentado por energia solar.
Antes, o Solar Impulse 2 já havia realizado a proeza de cruzar o Pacífico, mas precisou ficar parado por 10 meses no Havaí para reparos em suas baterias.
Bertrand Piccard nasceu em uma família de cientistas e inventores. Seu avô Auguste inspirou o artista Hergé a criar o personagem do professor Girassol nas aventuras de Tintim.
Durante a volta ao mundo do Solar Impulse 2, Piccard alterna as etapas com o compatriota André Borschberg, de 63 anos, que pilotou a aeronave durante a etapa mais longa, entre Nagoya (Japão) e o arquipélago do Havaí, no Pacífico: 6.437 quilômetros em cinco dias e cinco noites.
A envergadura das asas do Solar Impulse 2 é igual à dos maiores aviões comerciais (63,4 metros), embora o seu peso seja de apenas 1,5 tonelada, o equivalente a uma caminhonete, o que faz com que a aeronave seja muito sensível a turbulências.
O avião viaja a uma velocidade média de 50 km/h graças a suas baterias de lítio que armazenam a energia solar captada por 17.000 células fotovoltaicas instaladas nas asas.
A pequena cabine despressurizada de 3,8 metros cúbicos é equipada com tanques de oxigênio para permitir que os pilotos respirem. O espaço está recoberto de espuma isolante para atenuar as temperaturas extremas durante o voo (entre +40 e -40 grau centígrados).
O Solar Impulse 2 começou sua viagem, cuja distância total é de 35.000 km, em 9 de março de 2015 em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Depois, fez escalas em Mascate (Omã), Ahmedabad e Varanasi (Índia), Mandalay (Mianmar), Chongqing e Nanjing (China) e depois Nagoya (Japão).
Após cruzar o Pacífico e fazer a escala técnica no Havaí, a aeronave continuou o seu voo pelos Estados Unidos, passando por San Francisco, Phoenix, Tulsa, Dayton, Lehigh Valley e Nova York.
Os dois pilotos anunciaram nesta quinta-feira a criação de um Comitê Internacional das Energias Limpas, que pretende atuar como "um interlocutor confiável para os que precisam saber como utilizar estas tecnologias".
pho-lbx/fp
"Não posso acreditar. É tão fantástico", disse o piloto suíço Bertrand Piccard ao comunicar ao centro de controle do avião em Mônaco, ao vivo pela internet.
"É a primeira travessia do Atlântico de um avião solar!", celebrou, pouco antes de descer do avião, esgotado, depois da longa viagem solitária.
A aeronave pousou pouco antes das 7H40 locais (2H40 de Brasília) no aeroporto de Sevilha, após uma viagem de 6.272 quilômetros sobre o Oceano.
"Não era um voo fácil, tinha que abrir caminho entre as nuvens, passar por cima, suportar as turbulências", declarou à AFP o piloto suíço de 58 anos.
"Tentei simplesmente impregnar-me com a experiência, que é mágica", completou em uma entrevista por telefone.
Ele admitiu que pensou durante o voo no aviador americano Charles Lindbergh, outro pioneiro da aviação, que foi o primeiro homem a voar enter Nova York e Paris sozinho e sem escalas, em 1927.
O próprio Piccard já havia cruzado em duas ocasiões o Atlântico em balão.
Lindbergh queria "conectar o mundo" com as viagens de avião, mas "eu queria participar no desenvolvimento do uso das tecnologias limpas", disse à AFP.
Aplausos em SevilhaO Solar Impulse 2 havia decolado de Nova York na segunda-feira às 2H30 locais (5H30 de Brasília) e os internautas puderam acompanhar a viagem ao vivo, graças às câmeras instaladas na cabine, nas asas e na parte de trás do avião.
"Bravo, foi magnífico observar", elogiou em Mônaco o príncipe Albert, que passou a noite no centro de controle, onde os técnicos comemoraram a conclusão da etapa.
"Deve ter sido complicado com todos os aviões de caça ao redor e a patrulha espanhola", disse o príncipe, em referência às aeronaves mobilizadas pela Espanha para acompanhar o Solar Impulse 2 até o aeroporto de Sevilha.
"Cheguei no meio de uma exibição aérea, foi absolutamente extraordinário, me manteve desperto", respondeu Piccard.
O avião pousou sob aplausos no aeroporto de Sevilha, após a viagem de mais de 6.000 km sobre o Oceano, no primeiro voo transatlântico de um aeroplano alimentado por energia solar.
Antes, o Solar Impulse 2 já havia realizado a proeza de cruzar o Pacífico, mas precisou ficar parado por 10 meses no Havaí para reparos em suas baterias.
Bertrand Piccard nasceu em uma família de cientistas e inventores. Seu avô Auguste inspirou o artista Hergé a criar o personagem do professor Girassol nas aventuras de Tintim.
Durante a volta ao mundo do Solar Impulse 2, Piccard alterna as etapas com o compatriota André Borschberg, de 63 anos, que pilotou a aeronave durante a etapa mais longa, entre Nagoya (Japão) e o arquipélago do Havaí, no Pacífico: 6.437 quilômetros em cinco dias e cinco noites.
A envergadura das asas do Solar Impulse 2 é igual à dos maiores aviões comerciais (63,4 metros), embora o seu peso seja de apenas 1,5 tonelada, o equivalente a uma caminhonete, o que faz com que a aeronave seja muito sensível a turbulências.
O avião viaja a uma velocidade média de 50 km/h graças a suas baterias de lítio que armazenam a energia solar captada por 17.000 células fotovoltaicas instaladas nas asas.
A pequena cabine despressurizada de 3,8 metros cúbicos é equipada com tanques de oxigênio para permitir que os pilotos respirem. O espaço está recoberto de espuma isolante para atenuar as temperaturas extremas durante o voo (entre +40 e -40 grau centígrados).
O Solar Impulse 2 começou sua viagem, cuja distância total é de 35.000 km, em 9 de março de 2015 em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Depois, fez escalas em Mascate (Omã), Ahmedabad e Varanasi (Índia), Mandalay (Mianmar), Chongqing e Nanjing (China) e depois Nagoya (Japão).
Após cruzar o Pacífico e fazer a escala técnica no Havaí, a aeronave continuou o seu voo pelos Estados Unidos, passando por San Francisco, Phoenix, Tulsa, Dayton, Lehigh Valley e Nova York.
Os dois pilotos anunciaram nesta quinta-feira a criação de um Comitê Internacional das Energias Limpas, que pretende atuar como "um interlocutor confiável para os que precisam saber como utilizar estas tecnologias".
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