Topo

Google deve ser multado pela UE em julho em caso antitruste envolvendo sistema Android, dizem fontes

07/06/2018 13h47

Por Foo Yun Chee

BRUXELAS (Reuters) - O Google deve receber uma segunda multa antitruste da União Europeia em meados de julho, por usar seu sistema operacional dominante Android para expulsar concorrentes do mercado, disseram três fontes familiarizadas com o assunto.

A Comissão Europeia, que tem investigado o caso envolvendo a unidade da Alphabet desde 2015, pode tomar sua decisão na semana de 9 de julho, embora o momento exato ainda possa mudar.

Para dissuadir outros, a penalidade da UE deve superar a multa recorde de 2,4 bilhões de euros (2,8 bilhões de dólares) aplicada contra o Google no ano passado por favorecer injustamente seu serviço de compras, disseram fontes à Reuters no ano passado.

O órgão de concorrência da UE também vai mandar o Google parar suas práticas anticompetitivas, tais como acordos de licenciamento que impedem os fabricantes de smartphones de promover alternativas para aplicativos como Google Search e Maps.

O Android é o mais importantes dos três casos da UE contra o Google por causa de seu enorme potencial de crescimento.

Mudanças impostas pela UE, no entanto, podem ter pouco impacto sobre o Google por causa de seu poder de mercado e dos benefícios de se manter fiel à empresa, disseram executivos da indústria, analistas e até mesmo críticos.

A Comissão não quis comentar. O Google fez referência a uma postagem de 2016 de seu diretor jurídico Kent Walker que rejeitou as acusações da UE.

Recentemente, o Google quis realizar uma audiência a portas fechadas em uma tentativa de apresentar seu caso a autoridades seniores da Comissão e agências nacionais defesa da concorrências, após saber de novos detalhes e evidências que o regulador planeja usar contra a empresa, disseram outras fontes com conhecimento direto do assunto.

O pedido foi recusado.

Um terceiro caso no qual o Google foi acusado de bloquear rivais em seu sistema de busca de anúncio online AdSense em 2016 provavelmente deve se arrastar até o fim do ano ou além, disseram outras fontes. A empresa desde então parou seu suposto comportamento anticompetitivo.