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Zuckerberg é pressionado a enfrentar parlamentares da UE sobre escândalo de dados

18/04/2018 17h32

ESTRASBURGO (Reuters) - O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, foi pressionado por parlamentares da União Europeia nesta quarta-feira a ir para a Europa ajudar a esclarecer a violação de dados envolvendo Cambridge Analytica que afetou quase 3 milhões de europeus.

A maior rede social do mundo está sob fogo cruzado em todo o mundo depois que informações sobre cerca de 87 milhões de usuários acabaram erroneamente nas mãos da consultoria política britânica, uma empresa contratada por Donald Trump para sua campanha presidencial nos Estados Unidos em 2016.

O presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, repetiu na semana passada seu pedido a Zuckerberg para comparecer perante a assembleia, sob alegação de que enviar um executivo júnior não seria suficiente.

Em carta ao presidente-executivo do Facebook, Tajani disse que a empresa deve ter em mente que os parlamentares desempenham um papel fundamental na elaboração de regras rígidas que regulamentem os gigantes da tecnologia online.

"Deixe-me também salientar que uma das prioridades futuras do Parlamento será reforçar o quadro regulamentar para garantir um mercado digital que funcione bem com uma proteção de alto nível para os nossos cidadãos", escreveu ele.

A comissária da Justiça da UE, Vera Jourova, que recentemente conversou com a diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, disse que Zuckerberg deveria atender ao apelo dos legisladores.

"Este caso é importante demais para tratar como de costume", disse Jourova a de parlamentares.

O Facebook não retornou a um pedido de comentário. Zuckerberg durante 10 horas respondeu a perguntas ao longo de dois dias de quase 100 congressistas norte-americanos na semana passada e saiu ileso em grande parte.

Outra parlamentar europeia, Sophia in't Veld, repetiu o pedido de seus colegas, dizendo que o CEO do Facebook deveria fazer a mesma cortesia.

A parlamentar Viviane Reding, idealizadora da lei de privacidade da UE que entrará em vigor em 25 de maio, dando aos europeus mais controle sobre seus dados online, disse que as leis certas trariam confiança aos usuários.

(Por Foo Yun Chee)