Spotify prevê expansão de 20% e 30% da receita em 2018, mais lenta que em 2017
ESOCOLMO/LONDRES (Reuters) - A Spotify, maior do mundo em serviço de streaming de música, espera que sua receita cresça de 20 a 30 por cento este ano, com a variação cambial reduzindo o ritmo ante 2017 e com a empresa se preparando para uma das mais aguardadas listagens em bolsa.
A empresa sueca disse esperar receita em 2018 de 4,9 bilhões a 5,3 bilhões de euros, o que indicaria uma desaceleração do crescimento de 39 por cento registrado em 2017.
Para o primeiro trimestre, a empresa projeta receita de 1,1 bilhão a 1,15 bilhão de euros, alta de 22 a 27 por cento.
As ações da Spotify devem estrear na bolsa de Nova York em 3 de abril em uma listagem não convencional, sem os tradicionais subscritores.
A empresa foi avaliada em cerca de 20 bilhões de dólares com base em transações privadas de ações entre atuais investidores e funcionários em fevereiro, segundo o documento.
A Spotify, que tem priorizado crescimento em detrimento do lucro, disse esperar ter entre 73 milhões e 76 milhões de assinantes pagando pelos serviços este mês, cerca de duas vezes o total divulgado pela concorrente Apple. Para o ano, a empresa visa de 92 milhões a 96 milhões de usuários premium.
A empresa espera que o total de usuários ativos em março seja de 168 milhões a 171 milhões, incluindo aqueles que usam o serviço de forma gratuita, aceitando intervenções para anúncios, acima dos 157 milhões no fim do ano passado.
As perdas operacionais devem cair em 2018 para 230 milhões a 330 milhões de euros, disse a empresa, incluindo de 35 milhões a 40 milhões de euros em custos ligados à estreia na bolsa. Em 2017, a Spotifty teve perda operacional de 378 milhões de euros.
A previsão de vendas em 2018 se compara à projeção de longo prazo da empresa, de crescimento da receita entre 25 e 35 por cento, o que foi apresentado aos investidores neste mês.
A expectativa para margem bruta no primeiro trimestre é de alta de 23 a 24 por cento. Após ter ficado em 21 por cento em 2017, a previsão é de esse número fique entre 23 e 25 por cento em 2018, abaixo da meta de longo prazo, de 30 a 35 por cento.
(Por Olof Swahnberg e Helena Soderpalm e Eric Auchard)
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