UE pressiona gigantes da internet para remover conteúdo extremista

Por Julia Fioretti

(Reuters) - Google, Youtube, Facebook, Twitter e outras empresas digitais precisam mostrar à União Europeia dentro de três meses que estão removendo mais rapidamente o conteúdo extremista ou enfrentarão regulamentações que os forcem a fazer isto.

Vários governos aumentaram a pressão sobre as empresas de redes sociais para fazerem mais para remover o conteúdo ilegal --desde material relacionado a grupos como Estado Islâmico até o estímulo para que sejam cometidas atrocidades-- e o setor aumentou os esforços para demonstrar seu progresso.

Mas, em seu apelo mais forte ainda ao setor de tecnologia, a Comissão Europeia recomendou na quinta-feira medidas que as plataformas deveriam tomar para impedir a proliferação de conteúdo extremista, incluindo a remoção de tal material dentro de uma hora após ser notificada de sua existência.

Os governos europeus disseram que o conteúdo extremista na internet influenciou os ataques de "lobos solitários" que mataram pessoas em diversas cidades europeias depois de serem radicalizados.

"Embora várias plataformas tenham removido mais conteúdos do que nunca, ainda precisamos reagir mais rapidamente contra a propaganda terrorista e outros conteúdos ilegais que sejam uma séria ameaça à segurança das nossas cidades e direitos fundamentais", afirmou o comissário digital Andrus Ansip em comunicado nesta quinta-feira.

A associação europeia de comércio online EDiMA, cujos membros incluem Google, Facebook e Twitter, disse ter ficado desalentada pelo fato de a comissão não ter escolhido o diálogo em primeiro lugar. Um prazo de retirada de uma hora também pode não ser viável, acrescentou.

(Por Julia Fioretti)