Cooperativa de tecnologia bancária Swift diz que hackers ainda atacam sistema

TORONTO (Reuters) - Hackers continuam a definir como alvo o sistema eletrônico de mensagens entre bancos Swift, apesar de controles de segurança criados após o roubo milhões de dólares do banco central de Bangladesh no ano passado, afirmou um representante da Swift à Reuters.

"As tentativas (de ataque) continuam", afirmou Stephen Gilderdale, diretor do programa de sergurança de clientes da Swift, em entrevista. "Isso era o que esperávamos. Não estavamos contando que eles desapareciam de repente."

A Swift é uma cooperativa sediada na Bélgica e controlada por bancos que utilizam seus sistemas. Em fevereiro de 2016, hackers roubaram 81 milhões de dólares que estavam em uma conta do banco central de Bangladesh hospedada pelo Federal Reserve, em Nova York.

Gilderdale se recusou a dizer quantas tentativas de ataques contra o sistema foram registradas neste ano, qual percentual foi bem-sucedido, quanto dinheiro foi roubado ou se os números estão subindo ou caindo.

Na segunda-feira, duas pessoas foram presas no Sri Lanka por suspeita de lavagem de dinheiro de banco taiuanês cujo sistema de computadores foi invadido para permitir transações financeiras ilícitas no exterior. A polícia agiu depois que o estatal Bank of Ceylon informou uma transferência suspeita.

Gilderdale falou antes da conferência global anual da entidade, Sibos, que começa na segunda-feira em Toronto. No evento, a Swift vai divulgar detalhes de um plano para começar a oferecer dados de segurança em formatos que podem ser processados por computadores e que bancos poderão usar para automatizar esforços de descoberta e remediação de ciberataques, disse ele.

A Swift também vai revelar planos sobre o início de compartilhamento de dados com empresas de segurança para que possam incorporar a informação em seus produtos, acrescentou.

(Por Jim Finkle)