Gigantes de tecnologia fazem campanha por neutralidade de rede nos EUA
NOVA YORK/WASHINGTON (Reuters) - Facebook, Twitter, Alphabet e dezenas de gigantes da tecnologia estão participando de um protesto online nesta quarta-feira contra mudanças nas regras de neutralidade da rede dos Estados Unidos, as quais proíbem provedores de banda larga de favorecer certos serviços de internet em relação a outros.
Em apoio ao "Dia da Ação na Internet Para Salvar a Neutralidade da Rede", mais de 80 mil sites estão exibindo alertas, anúncios e vídeos curtos para incentivar o público a se opor à mudança de regras fundamentais estabelecidas em 2015.
A neutralidade da rede é um amplo princípio da internet que proíbe provedores de banda larga de oferecer ou vender acesso à internet rápida para certos serviços de internet em detrimento a outros. A regra foi implementada pelo governo Obama em 2015.
As modificações estão sendo propostas pelo líder da Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC, na sigla em inglês), Ajit Pai, e a população terá até meados de agosto para enviar comentários à FCC antes do voto final.
Pai quer que a comissão revogue as regras que classificam provedores de internet como de serviços de utilidade pública. Ele acredita que as regras abertas da internet adotadas na administração do ex-presidente Barack Obama são desnecessárias, e prejudicam geração de empregos e investimentos.
"A neutralidade da rede é fundamental para a competitividade, para a livre iniciativa, para entrada no mercado empresarial e atinge usuários pelo mundo. Você não precisa ser grande para competir. Qualquer um com uma boa ideia, com uma perspectiva única para compartilhar e com uma visão convincente pode entrar no jogo", disse o Twitter.
Empresas como Netflix e Amazon exibiram mensagens no alto de seus sites ou postaram vídeos curtos explicando a neutralidade da rede, pedindo que os clientes enviem comentários à FCC.
A Associação da Internet, grupo que representa o Facebook, Google e outros grupos, disse que as regras estavam funcionando e que revertê-las "resultará em uma internet pior para os usuários e menos inovação online."
(Por Angela Moon e David Shepardson)
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