Mire a câmera e veja lojas próximas: como é novo recurso do Google Maps

O Google começa a liberar um jeito novo de encontrar lugares próximos de você com o Maps a partir desta quinta-feira (26). Com o aplicativo de mapas acionado, bastará ativar a câmera do celular, mirar para a rua e ver na tela quais estabelecimentos estão naquela direção.

A novidade chega ao Brasil para iPhones ou smartphones Android. Por enquanto, funcionará em São Paulo e no Rio de Janeiro, as duas cidades brasileiras de uma lista de 50 que recebem a função a partir de hoje.

A novidade vem acompanhada de outras, que não serão liberadas imediatamente para o Brasil, mas possuem a intenção de deixar o Maps imersivo e cada vez mais próximo do que as pessoas fora do celular.

Quando imaginamos o futuro do Google Maps, pensamos em três coisas: fazer do Maps mais visual e imersivo, ajudar as pessoas a tomar escolhas mais sustentáveis e estender tecnologia de desenvolvimento para cidades Christopher Phillips, vice-presidente de GEO do Google, área que reúne Maps, Earth e StreetView

Quando começou a funcionar em novembro passado em poucas cidades, como Nova York, Londres, Paris e Tóquio, ela se chamava Busca com Live View.

Agora, ela é renomeada para Lens no Google Maps. De alguma forma, esse recurso é uma evolução do Street View, a função do Maps que mostra a carinha real das ruas. A diferença é que o novo recurso combina os poderes de inteligência artificial e realidade aumentada.

O aplicativo usa imagens captadas pela câmera em tempo real para indicar os lugares do seu interesse que estão ali por perto. Se você escolher restaurantes, é isso que ele vai mostrar. O mesmo vale para bares, farmácias, caixas eletrônicos, cafés, hotéis, supermercado, lojas de roupa, academias e por aí vai.

Como ativar o Lens no Maps

  • Selecione o ícone do Lens na barra de pesquisa do Google Maps (no canto superior direito da tela);
  • Quando mostrar a imagem da câmera do dispositivo, o aplicativo indicará os lugares situados na direção para onde o celular está apontando;
  • É possível mudar o tipo de estabelecimento a ser mudado na barra inferior do aplicativo;
  • Uma vez selecionado o destino, o Maps traçará o trajeto e passará a indicar na tela quais são as próximas ações com setas grandes para direita, esquerda, para frente ou para trás;
  • Essa navegação indica ainda a distância para alguns pontos de referência e as opções de caminho para chegar ao destino escolhido.
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Rotas imersivas

Outra função com caráter realista que começa a sair do papel e a ser liberada para pessoas a é Visão Imersiva para Rotas, após ser anunciado no Google I/O deste ano.

Ela permite ver uma recriação em 3D do trajeto a ser percorrido. Com isso, você pode ver prédios, casas, ruas, avenidas e monumentos por onde vai passar. Mas não é só isso. Como o sistema combina a previsão do tempo e dados históricos do trânsito, é possível simular as condições do clima e o nível de engarrafamento durante a viagem. Ótimo para quem passa o dia dirigindo, como motoristas de aplicativos, tipo Uber e 99, e taxistas.

Para chegar a esse nível de detalhamento, o Maps combina imagens de satélite, aquelas colhidas pelo Street View e outras compartilhadas pela comunidade que ajuda a construir o sistema de mapas. A responsável por combinar todos esses dados é um sistema de inteligência artificial generativa, aquelas capazes de gerar conteúdo. A exibição do resultado fica por conta de outro modelo de IA, dessa vez de visão computacional.

Entre as 15 cidades a receber o serviço, estão Barcelona, Las Vegas, Miami e Dublin. Ainda que não estejam disponíveis no Brasil desde já, esse recurso não deve demorar a chegar. Isso porque, para o Google, esse é o futuro da navegação com mapas.

A ideia do Google é colocar as pessoas dentro do mapa e o mapa no meio da vida delas. A estratégia ganhou força com a Visão Imersiva, que funciona desde janeiro em cinco cidades. Em vez das rotas, aqui são estabelecimentos comerciais que podem ser visualizados antes de a visita começar. É possível ver como se comportam quando chovem ou estão lotados. Alguns deles até permitem um tour virtual.

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Para incentivar que mais lojas, restaurantes e outros lugares entrem na brincadeira, o Google liberou em todo mundo os APIs necessários para criar essas experiências digitais. A aposta da Big Tech é que empresas dos ramos imobiliários, turísticos e de arquitetura e design sejam as primeiras adeptas.

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