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Astrônomo flagra destroço de foguete da SpaceX que vai colidir com a Lua

28.jun.2015 - O foguete não tripulado Falcon 9 explode após ser lançado em Cabo Canaveral, na Flórida (EUA) - Michael Berrigan/Reuters
28.jun.2015 - O foguete não tripulado Falcon 9 explode após ser lançado em Cabo Canaveral, na Flórida (EUA) Imagem: Michael Berrigan/Reuters

Adriano Ferreira

Colaboração para Tilt, em Florianópolis

08/02/2022 17h37Atualizada em 14/02/2022 09h42

Posteriormente descobriu-se que em vez de restos de um foguete Falcon 9, da SpaceX, o que colidirá com a Lua serão restos de uma missão chinesa. Abaixo, o texto na íntegra:

O astrônomo Gianluca Masi conseguiu fotografar um propulsor de 4 toneladas, um dos fragmentos do foguete do Falcon 9, da Space X. O equipamento está à deriva no espaço e deve colidir com a Lua no próximo dia 4 de março.

Na segunda-feira (7), Masi captou um ponto brilhante, que, no caso, se tratava de um dos restos do Falcon 9. A partir de 268 imagens individuais do objeto, que obteve com ajuda de um telescópio robótico de 17 polegadas (Batizado de "Elena"), o astrônomo criou uma animação do propulsor em movimento.

No momento da imagem, o fragmento estava aproximadamente a 190.000 km de distância da Terra, ou 50% da distância lunar. O telescópio rastreou o movimento aparente do objeto.

"Pude vê-lo piscar facilmente, uma indicação clara de que está caindo. Hoje será mais brilhante e, portanto, deve ser mais espetacular e mais fácil de ver", disse Masi.

O propulsor registrado nas imagens de Massi foi lançado em 11 de fevereiro de 2015 de Cabo Canaveral, na Flórida, e fez parte da primeira missão da SpaceX que enviou um satélite da NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional) para o ponto Lagrange I, que fica entre a Terra e o Sol.

A velocidade do objeto quando se chocar com a Lua será de aproximadamente 2,58 km/s. Não será possível visualizar o choque, pois o objeto estará do outro lado do satélite em relação à Terra.

Há a expectativa de que a colisão cause uma cratera na superfície lunar por causa da colisão. Seria a primeira cratera causada por um objeto feito pelo homem.

O Virtual Telescope Project 2.0 vai realizar um streaming nesta terça-feira (8) para acompanhar a trajetória do resto do foguete Falcon 9. A exibição será guiada em tempo real pelo astrônomo Masi.