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Como funciona o novo embarque por reconhecimento facial em voos de SP e RJ

Estúdio Rebimboca/UOL
Imagem: Estúdio Rebimboca/UOL

Aurélio Araújo

Colaboração para Tilt

16/06/2021 13h17

O governo federal deu início nesta terça-feira (15) aos testes do uso de tecnologia de reconhecimento facial em aeroportos, em voos saídos dos aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro.

O projeto, batizado de "Embarque + Seguro 100% digital", está sendo testado na ponte aérea entre as duas capitais, feito com passageiros que aceitem participar do experimento.

A ideia é que, com o reconhecimento facial, o passageiro não precise mais apresentar outros documentos ou mesmo seu cartão de embarque.

A medida também é útil do ponto de vista sanitário: já que estamos numa pandemia, quanto menos papel manuseado, melhor, afirmou o Ministério da Infraestrutura.

Como funciona a tecnologia

De acordo com informações da Infraero, o passageiro pode ser convidado a participar dos testes no momento do embarque. Se aceitar, a pessoa recebe uma mensagem no celular que pede sua autorização para a obtenção dos seus dados, incluindo CPF e uma foto do seu rosto.

Autorizando, o passageiro então permite que o atendente da companhia aérea realize sua validação biométrica.

Para isso, esse funcionário usa um aplicativo do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados). O app cruza os dados fornecidos pelo passageiro com as bases de dados governamentais e, se estiver tudo ok, o embarque é liberado.

Segundo o Ministério da Infraestrutura, o projeto está de acordo com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e protege os dados dos usuários. Mas o governo não detalhou onde esses dados ficam armazenados ou como são processados.

Por enquanto, os testes estão sendo feitos apenas nos voos da companhia aérea Azul. Antes disso, já foram feitas algumas experiências com a tecnologia no ano passado, em aeroportos como os de Florianópolis, Salvador e Confins, em Minas Gerais.

Segundas intenções

A experiência iniciada na terça tem outros objetivos, além de aumentar a segurança nos aeroportos por permitir uma identificação mais precisa, de acordo com a Infraero.

A estatal diz que também está medindo outros indicadores, como a possível redução no tempo em filas, no acesso à sala de embarque e à aeronave, bem como os custos de operação.

A tecnologia das estações de identificação facial foi desenvolvida pelas empresas Digicon, Idemia e Azul/Pacer.