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Asteroide maior que a Torre Eiffel passará perto da Terra nesta semana

Ilustração/Pixabay
Imagem: Ilustração/Pixabay

De Tilt, em São Paulo

30/05/2021 12h14Atualizada em 30/05/2021 15h58

Sem tempo, irmão

  • Rocha de 330 metros de diâmetro chegará a menos de 7,2 milhões de quilômetros de distância da Terra
  • Parece longe, mas Nasa considera "potencialmente perigosos" objetos que cheguem a menos de 7,5 milhões de quilômetros
  • Mesmo viajando a 64.800 km/h, o asteroide não tem chances de se chocar com a Terra

Não é notícia repetida: mais um asteroide gigantesco passará perto da Terra na próxima semana. Batizado de 2021 KT1, a rocha de 330 metros de diâmetro —maior que a Torre Eiffel, em Paris, que tem 324 metros de altura— deverá se aproximar do planeta a uma velocidade de 64.800 km/h na próxima terça-feira (1).

Mas não há motivo para pânico. Mesmo cruzando o espaço a uma velocidade de 64.800 km/h, o asteroide não tem chances de se chocar com a Terra. A Nasa estima que ele chegará a 7,2 milhões de quilômetros de distância das nossas cabeças. É quase 19 vezes mais longe do que a Lua, que está a 384 mil quilômetros.

Por que, então, é considerado "perto"? O Centro de Estudos de Objetos próximos à Terra (CNEOS), da Nasa, considera potencialmente perigoso qualquer objeto com mais de 140 metros de diâmetro e que se aproxime a menos do que 7,5 milhões de quilômetros em sua trajetória pelo espaço.

Ou seja: para nós, parece longe. Mas para cientistas que observam centenas de milhares de objetos cruzarem o espaço ao redor do Terra todos os anos, é raro um asteroide tão grande e tão rápido chegar tão perto, em perspectiva astronômica.

Ainda segundo o CNEOS, porém, "ninguém deve se preocupar excessivamente com o impacto de um asteroide ou cometa na Terra", diz o laboratório em seu site oficial. "A ameaça a qualquer pessoa de acidentes de carro, doenças, outros desastres naturais e uma variedade de outros problemas é muito maior."

Impacto profundo

Embora uma rocha desse tamanho não passe perto da Terra todo dia, objetos menores são bem mais frequentes e costumam chegar bem mais perto do nosso planeta —alguns até caem aqui, desintegrando-se ao atravessar nossa atmosfera e virando "meteoritos" ao tocarem o solo.

As chances de um asteroide realmente perigoso atingir a Terra e causar sérios estragos é pequena. O maior risco está no asteroide batizado como (410777) 2009 FD, que tem uma chance de 0,2% de atingir o planeta em 2185.

Antes disso, o asteroide 99942 Apophis, que ocupa o terceiro lugar na lista da Nasa de objetos próximos da Terra potencialmente perigosos, tem uma chance de 1 em 150 mil de colidir com nosso planeta em 2068.

O Apophis, inclusive, já passou próximo da Terra neste ano. No início de março, ele cruzou o espaço a uma distância de cerca de 17 milhões de quilômetros, e permitiu que astrônomos o estudassem mais de perto.

As chances são mínimas, mas, se um dia ele vier a cair na Terra, o impacto será 3.800 vezes mais poderoso do que a bomba de Hiroshima, liberando o equivalente a 1.150 megatons de TNT. Por isso, ele foi apelidado de "asteroide do juízo final".