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Cientistas simulam explosão da estrela Betelgeuse, que deve virar supernova

Remanescente de uma supernova observada na Via Láctea - Chandra X-Ray Observatory/Nasa
Remanescente de uma supernova observada na Via Láctea Imagem: Chandra X-Ray Observatory/Nasa

De Tilt, em São Paulo

16/03/2020 12h23

Não é novidade que a estrela Betelgeuse, que já foi considerada uma das mais brilhantes da galáxia, pode virar supernova a qualquer momento nas escalas de tempo astronômicas. Ainda que isso signifique um período de tempo de 100 mil anos, astrônomos estão observando o seu comportamento na esperança de registrar um processo único. Agora, conseguiram simular a explosão que significaria o fim da vida da "supergigante vermelha".

O novo estudo foi realizado na Universidade da Califórnia em Santa Bárbara (UC Santa Barbara). Os pesquisadores fizeram diversos modelos das supernovas que surgem a partir do fim da vida de estrelas com uma característica marcante da Betelgeuse: ela é pulsante, ou seja, constantemente se expande e retrai. O diâmetro dela varia entre 550 e 920 vezes o tamanho do Sol.

"Queríamos saber como é a aparência de uma estrela pulsante explodindo em fases diferentes da pulsação. Os modelos anteriores são mais simples, porque não levam em conta os efeitos da pulsação que dependem do tempo", afirma o físico Jared Goldberg, principal autor do estudo.

Os astrônomos concluíram que, na verdade, a supernova de estrelas pulsantes é parecida com a das estáticas. Isso ocorre porque a estrela inteira pulsa em uníssono - o que significa que, durante a explosão, ela se comporta como se tivesse um raio definido.

Uma estrela dessas dimensões vira supernova quando seu combustível nuclear acaba. Então, o astro entra em colapso por conta de seu próprio campo gravitacional, causando a explosão. De acordo com o anúncio da UC Santa Barbara, a supernova da Betelgeuse a tornará a estrela mais brilhante da galáxia por um tempo.

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