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Alô, pais! Jovens acham que YouTube ensina mais do que livro didático

Getty Images
Imagem: Getty Images

Helton Simões Gomes

Do UOL, em São Paulo

24/09/2018 16h14

Se depender dos jovens, o lugar cativo dos livros didáticos na lista de material escolar está com os dias contados.

Os estudantes da geração Z, com idades entre 14 e 23 anos, acreditam que o YouTube contribui mais com a educação deles do que livros e apostilas. Isso é o que aponta uma pesquisa realizada pela Pearson Education, uma das maiores empresas de educação do mundo e que possui forte presença na publicação de livros didáticos.

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A pesquisa compara as preferências da geração Z e dos millennials, aqueles jovens com até 34 anos, quanto aos métodos de educação. Os entrevistadores ouviram 2,5 mil pessoas, com idade entre 14 e 40 anos de idade.

Enquanto 59% da geração Z considera o YouTube o método preferido para aprender, apenas 55% dos millennials acham isso.

Entre os millennials, 60% preferem livros didáticos na hora de estudar. Esse índice é de 47% entre a geração Z.

Surgido em 2005, o YouTube, que mal entrou na adolescência, praticamente cresceu com os mais jovens, o que pode explicar a familiaridade com a plataforma.

A predileção deles pelo serviço de vídeos do Google é refletida ainda de outras formas ao longo do estudo. Por exemplo, mais da metade dos jovens da geraçaõ Z (55%) acredita que assistir a vídeos e tutoriais no YouTube já contribuiu para que adquirissem algum conhecimento. Quase a metade de integrantes da geração Z (47%) gasta três horas ou mais ligadas na plataforma.

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A pesquisa também mostra que o mundo digital é mais preponderante na vida da geração Z do que na dos millennials. Proporcionalmente, os mais jovens veem mais vídeos online, visitam mais sites focados nesse tipo de conteúdo e jogam games online.

A percepção de como as redes sociais influenciam suas vidas também é mais acentuada na geração Z. Entre eles, 41% usam essas plataformas para cultivar suas amizades ao redor do mundo. Entre os millennials, esse índice é de apenas 29%.