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É mais fácil a IA detectar mamilos do que discurso de ódio, diz Zuckerberg

Getty Images
Imagem: Getty Images

Bruna Souza Cruz

Do UOL*, em São Paulo

26/04/2018 12h36

A relação do Facebook com nudez é complicada. A regra é clara: conteúdo com conotação sexual não é permitido. No entanto, seus algoritmos já foram responsáveis por diversas polêmicas ao banir fotos de mães amamentando, cotovelos e até obras de artes.

De qualquer forma, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, acredita que os sistemas de inteligência artificial (IA) têm melhorado no papel de detectar automaticamente conteúdos que podem prejudicar a plataforma.

Sobre este assunto, o executivo até afirmou que é mais fácil para a IA identificar mamilos do que discursos de ódio. A fala foi dada durante a divulgação dos lucros do primeiro trimestre deste ano nesta quarta-feira (25) em uma teleconferência com analistas.

"É muito mais fácil construir um sistema de IA para detectar um mamilo do que detectar um discurso de ódio", afirmou.

Além de mamilos, o presidente-executivo do Facebook comentou que a inteligência artificial da rede social tem se saído bem em identificar postagens relacionadas ao terrorismo. E que isso também tem sido mais fácil do que detectar discurso de ódio.

Segundo Zuckerberg, a empresa consegue identificar e remover cerca de 99% de conteúdos ligados ao terrorismo sem a necessidade de alguém denunciar. Já discurso de ódio, talvez demore anos para que a inteligência artificial consiga executar um trabalho mais confiável.

“É frustrante”, afirmou.

Número de usuários do Facebook cresce

Em meio ao escândalo envolvendo a privacidade de usuários, a empresa anunciou que o número de pessoas usando a rede social cresceu no primeiro trimestre deste ano.

Os usuários ativos por dia passaram de 1.401 bilhão no último trimestre do ano passado para 1.449 bilhão no primeiro trimestre deste ano, o que está de acordo com o que o mercado esperava. Já o número de usuários ativos por mês passou de 2.129 bilhão para 2.196 bilhão.

A parte financeira do Facebook também foi recheada de boas notícias, o que agradou os investidores. A receita do site cresceu para nada menos que US$ 11,9 bilhões, um aumento de 49% em relação ao último ano. Wall Street esperava que o número ficasse em US$ 11,4 bilhões.

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Entenda

*Com informações dos sites Engadget e Business Insider