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Zuckerberg cita Brasil e põe prioridade em evitar interferência na eleição

Zuckerberg tem anunciado série de medidas para "consertar" o Facebook - Stephen Lam/Reuters
Zuckerberg tem anunciado série de medidas para "consertar" o Facebook Imagem: Stephen Lam/Reuters

Do UOL, em São Paulo

06/04/2018 15h19

Chefe do Facebook, Mark Zuckerberg colocou como uma de suas “principais prioridades” evitar interferência em eleições por meio da rede social. O executivo-chefe da companhia citou a votação que ocorrerá no Brasil em outubro como um exemplo de sua meta de promover mais transparência no site.

Zuckeberg citou o Brasil ao lado de Estados Unidos, México, Índia e Paquistão entre países que terão eleições em breve. A intenção do criador da rede social é prevenir o que aconteceu na eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, em que houve tanto interferência russa quanto roubo de milhões de dados de norte-americanos utilizados para enviar propaganda altamente segmentada.

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Para prevenir novos efeitos do Facebook em grandes eleições, o chefão do site anunciou duas novas medidas que serão colocadas em prática a partir de hoje.

A primeira é que qualquer anunciante que queira colocar anúncios políticos no Facebook terá que ser certificado, o que envolve a confirmação de identidade e uma localização. Se o anunciante não passar na certificação, será proibido de colocar no ar qualquer anúncio político.

 “Vamos também rotular os anúncios e os anunciantes terão que te mostrar quem pagou eles. Para ter ainda mais transparência de propaganda política, também criamos uma ferramenta que deixa qualquer um ver todos os anúncios feitos por uma página. Estamos criando também um arquivo buscável de anúncios políticos antigos”, anunciou Zuckerberg, citando que as medidas serão testadas nos EUA e Canadá.

A segunda medida feita pelo Facebook envolve pessoas com páginas com muitas curtidas: elas também terão que ser verificadas. A intenção é evitar o uso de contas falsas para crescer de forma viral e espalhar desinformação. O Facebook diz que contratará “milhares de pessoas” para conseguir verificar todas as páginas e anunciantes antes dos meses críticos das eleições de 2018.

“Esses passos por si próprio não vão fazer as pessoas pararem de jogar com o sistema. Mas vão tornar bem mais difícil a qualquer um fazer o que os russos fizeram durante as eleições de 2016 e usar contas e páginas falsas para exibir anúncios. Interferência em eleições é um problema que é maior do que qualquer plataforma”, escreveu o chefe do Facebook.

Quando surgiram os primeiros indícios de interferência russa na eleição norte-americana por meio do Facebook, Zuckerbeg apontou as insinuações como “loucura”. Tempos depois, ele passou a admitir o problema e já se desculpou mais de uma vez. Nesta semana, baniu centenas de contas ligadas a russos

Nas últimas semanas, o fundador da rede social tem anunciado uma série de medidas para evitar todas as polêmicas que o site tem passado nos últimos anos (fake news, interferência em eleição e falta de proteção a dados de usuários). Zuckerberg já disse que levará “anos” para consertar a plataforma.