Estudo prova que Waze e Google Maps, na verdade, atrapalham o trânsito

O Waze não foi o primeiro aplicativo de mapas e navegação GPS, mas sua popularidade explodiu por algumas razões: ao invés de ser uma mera versão digital daquele enorme guia de ruas que costumávamos carregar no carro, ele criou uma rede de colaboração entre seus usuários e traçou rotas dinâmicas, que poderiam mudar de acordo com as condições do trânsito.
A ideia foi genial, convenhamos. Quem nunca comemorou um caminho alternativo que o app surgeriu ou aquela ruazinha que salvou preciosos minutos do seu dia?
Expandir esse tipo de conhecimento a todos, portanto, ajudaria a desafogar as vias principais de uma cidade e todos chegariam mais rápido e felizes aos seus destinos, não é mesmo?
De acordo com um estudo do Instituto de Estudos sobre Transportes da Universidade da Califórnia (EUA), a resposta é: não exatamente.
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Solução que virou problema
Pesquisadores liderados por Alexandre Bayen, diretor do instituto, fizeram simulações para mostrar que quanto mais a gente usa apps capazes de traçar rotas dinâmicas, mais a situação das ruas piora.
E justiça seja feita: aqui não falamos apenas do Waze, mas também de Google Maps, Maps da Apple e outros.
A simulação mostra um incidente em uma via expressa quando ninguém está usando os apps e quando 20% dos motoristas estão fazendo uso.
Num "mundo sem apps", a maior parte do congestionamento fica concentrada na via expressa. Quando vários motoristas são notificados de que há um caminho alternativo disponível, a situação fica consideravelmente pior na região.
Porque centenas de pessoas querem ir para vias secundárias, que não foram projetadas para o tráfego pesado. Então, além da via expressa congestionada, temos ruas secundárias e cruzamentos parados
Dito isso, fica fácil concluir que tudo piora conforme mais pessoas usam esses aplicativos. O grupo, no entanto, tenta ser cauteloso em suas conclusões e diz que este é "um problema em aberto".
Ainda não sabemos o efeito nas rodovias ou no sistema todo
Procurado pelo site The Atlantic, o Google se limitou a dizer que "o Google Maps se esforça para refletir com precisão o mundo real e suas constantes mudanças. Nosso algoritmo leva em consideração uma série de fatores ao definir uma rota, incluindo dados históricos. Estamos trabalhando constantemente para melhorar esse algoritmo e fornecer as melhores orientações aos usuários."
Lyft e Uber não quiseram comentar, e a Apple não respondeu.
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