CES 2017: O que você usará no futuro segundo a maior feira de tecnologia?
É difícil vislumbrar uma única visão de futuro em uma feira de tecnologia como a CES de Las Vegas. Afinal, ninguém tem bola de cristal sobre quais inventos mostrados irão realmente atender nossas necessidades e ainda emplacar comercialmente. Mas futurologia à parte, é divertido ver como os próprios expositores se empolgam com seus novos brinquedos. Mesmo que muito deles sejam legais de ver e usar em eventos, mas não necessariamente na “vida real”.
A reportagem do UOL tentou dar algum sentido a todas as inovações vistas na feira para entender alguns dos caminhos apontados para sua casa, celular, seu corpo, suas formas de se divertir, sua vida, enfim.
Amazon Alexa vai dominar sua casa
A casa conectada e a internet das coisas ainda estão em um estágio de aceitação meio embrionário, principalmente porque nem as empresas se entendem direito sobre como todo esse controle da casa será centralizado e automatizado. Mas entre os diferentes sistemas disponíveis, um deles está começando a liderar: o Alexa, assistente pessoal inteligente da Amazon lançado em 2014 e que serve ao hub da empresa, o Echo. Alexa vem sendo bem aceita tanto pelos consumidores -- o Echo já vendeu 5 milhões de unidades em dois anos -- quanto pelas várias fabricantes que estão lançando produtos compatíveis, como LG, Bosch, Siemens e Nest, entre outras. Já são milhares de produtos com ela.
Drones estão menores e mais ágeis
Existe uma divisão mais ou menos clara no segmento drone. Há os caros, grandes e modernos, voltados para filmagens profissionais, e há aqueles menorzinhos, que podem ou não filmar, mas que são muito mais ágeis. Enquanto no estande da DJI, maior fabricante do segmento, as pessoas se maravilhavam com a estabilidade de voo do modelo Inspire, outras marcas usam seus minidrones com as dimensões pouco maiores que um palmo zumbindo rapidamente em gaiolas de rede, como se fossem os novos carrinhos de controle remoto.
Ainda confusas, realidades virtual e aumentada são apostas
A realidade virtual vai acontecer. Mesmo que hoje ainda seja meio sem sentido a ideia de se isolar do mundo para interagir com modelos digitais, você sai da CES acreditando nessa ideia porque os óculos estão em todo lugar, nem que seja apenas para os visitantes se divertirem um pouco em montanhas-russas de mentira. Se os únicos produtos novos apresentados foram os óculos da ODG R-8 e R-9 (os modelos da Lenovo e Intel eram protótipos), os principais modelos do ano passado ainda estão em voga e amplamente usados na feira por outros expositores como o Oculus Rift e o HTC Vive.
Robôs podem ficar úteis de fato
O que temos de robôs hoje são modelos com rostinhos de emoji, que respondem à sua voz com informações e eventualmente controlam certos aparelhos da sua casa. Exemplos vistos na CES são o Kuri, da Mayfield Robotics, o Mykie da Bosch ou o Hub Robot da LG. Claro, eles só vão ligar sua máquina de lavar se ela for compatível. Não são lá robôs totalmente autônomos e multiuso como nos desenhos e filmes, mas é um começo. Um que poderá realmente fazer a diferença em pouco tempo é o robô para aeroportos que lê seu bilhete de voo e te diz informações como o portão de embarque certo. Será ótimo para dias de aeroportos lotados.
Pulseiras, vestíveis e objetos inteligentes irão além do fitness
Pulseiras para medir o nível de álcool do seu corpo. Copos que registram o quanto de água você está bebendo por dia. Outras pulseiras medem sua pressão sanguínea, níveis de lactato, glicose, enjoo, respiração e um outro aparelho para capacetes de bicicleta facilitam comunicação entre ciclistas. Tudo isso mostra que as empresas e cientistas estão bastante interessados no potencial dos vestíveis e objetos inteligentes para melhorar nossas rotinas e nos antecipar a problemas, seja de saúde ou de outros tipos.
Inovação em TV fica só na qualidade de imagem e menor espessura
As TVs 3D não foram adiante, e as curvas ainda estão em uma entressafra comercial. O que veremos em TV de novo então? Enquanto ninguém descobre a pólvora de novo nesse segmento, as grandes marcas competem para ter a melhor tecnologia “sopa de letrinhas” que resultará na melhor qualidade de imagem (SUHD, OLED, QLED) e tentam deixá-las grandes, bonitas, superfinas e com o mínimo de cabos possível. Acho que é o que a maioria de nós, consumidores, queremos por enquanto. E por um preço acessível, de preferência.
Fone sem fios é tendência… mas não como a Apple queria
Lembra da polêmica da Apple com o fim da entrada para fones de ouvido e seus Airpods sem fio? Sim, a Apple estava certa, mas em partes. Não usaremos mais aquele modelo de fone com cabinho que vai do celular ao ouvido, mas sim um colar aberto e solto no pescoço que te permite ou ouvir a música por alto-falantes externos, ou puxando os dois foninhos a partir de suas extremidades. E você vai poder pausar e aumentar o volume pelo colar também, que tal? Várias fabricantes já estão nessa, então em breve você poderá ver alguém usando um desses.
*O repórter viajou a convite da Qualcomm
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