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OPINIÃO

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Mobile Legends x Wild Rift: uma rivalidade que promete

League of Legends: Wild Rift - Daniel Esdras/GameHall
League of Legends: Wild Rift Imagem: Daniel Esdras/GameHall

Colunista do UOL

06/07/2021 04h00

O cenário competitivo de jogos para dispositivos móveis é símbolo de democratização dos games no Brasil. É impossível falar de esportes eletrônicos no país sem pensar no Free Fire, por exemplo, título no qual fomos campeões mundiais em 2019, com o Corinthians, e no qual colocamos duas equipes no Top 4 da última edição do torneio. No segundo semestre deste ano, a "briga" promete ser ainda mais intensa, com a construção de uma rivalidade entre o Mobile Legends e o Wild Rift.

Ambos os títulos, desenvolvidos pela Moonton e pela Riot Games, respectivamente, anunciaram que contarão com uma liga dedicada ao Brasil ainda em 2021. Não há coincidência, mas sim um plano de ação que promete uma batalha intensa entre os dois MOBAs (Multiplayer Online Battle Arena). Quem ganha com tudo isso é o jogador e espectador, que deve ter muito conteúdo de qualidade para acompanhar e consumir.

Nesta semana, a Riot anunciou que fará um evento inaugural para celebrar o começo do cenário de Wild Rift - reunindo quatro organizações, ainda não reveladas, em um campeonato com transmissão exclusiva da Nimo TV - uma plataforma prioritariamente focada em games mobile. Ou seja, a publisher dá a entender que já compreendeu como a comunidade consome seu conteúdo.

É fato que a Riot já tem uma expertise grande com League of Legends e, mais recentemente, com VALORANT, mas é necessário, de fato, entender que o ambiente do mobile é bem diferente. Em tudo. Partir do pressuposto de que todos os fãs de LoL gostam ou vão gostar de Wild Rift, por exemplo, seria um engano. O mesmo vale para o conteúdo, a forma como os fãs se portam em comunidade, entre diversos outros fatores que apenas o tempo - e muito estudo - irão ensinar.

Ambos os títulos já miram campeonatos globais e representatividade brasileira no Mundial, o que prova a importância do país para o plano geral de esporte eletrônico. O mobile também é muito forte no Sudeste Asiático, mas não tem tanta força na Europa ou nos EUA, o que pode se explicar pelo poder aquisitivo médio da população, que não necessariamente depende de dispositivos desse tipo para ter acesso aos eSports.

"Vimos um crescimento promissor do título e queríamos celebrar o eSport brasileiro e, mais especificamente, as comunidades que os apoiam, tanto no cenário local quanto global. Isso se tornará um dos principais fatores que contribuem para o crescimento do ecossistema a longo prazo", disse Ajay Jilka, diretor de parcerias de eSports regionais da MOONTON.

Do lado da Riot, a primeira apresentação à imprensa do cenário de Wild Rift falou em "construir a maior cena de mobile do mundo". Já ficou claro que a versão para celulares do League of Legends ocupará o posto de "terceira grande modalidade" da publisher, acompanhando o próprio LoL e o VALORANT. Deveremos ter um segundo semestre de 2021 intenso, e um 2022 mais recheado ainda.

Para os fãs de eSports, a concorrência entre grandes produtoras sempre será uma vantagem. A busca pela melhora nunca para: uma tenta superar a outra e, consequentemente, a qualidade cresce. O mobile é um solo fértil para o Brasil no esporte eletrônico. Que as organizações e jogadores saibam reconhecer isso e ajudem a cravar a bandeira nacional em mais uma modalidade. A chance de sucesso é enorme.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL