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OPINIÃO

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Vorax Liberty e Netshoes Miners: o que muda para o CBLOL?

Vorax Liberty - Divulgação/Vorax Liberty
Vorax Liberty Imagem: Divulgação/Vorax Liberty

Colunista do UOL

30/05/2021 09h00

Campeonato de esportes eletrônicos mais tradicional do país, o CBLOL terá duas "caras novas" a partir deste split. A VORAX, atual vice-campeã, que entrou no sistema de parcerias a longo prazo do torneio por meio da união entre Prodigy e Falkol, agora contará com uma nova aliança - a da Havan Liberty. Já a E-Flix, que antes licenciava a marca do Cruzeiro, agora se chamará Netshoes Miners. Afinal, quais são os significados dessas movimentações para o cenário?

Primeiramente, é preciso entender que, na prática, os donos das vagas não mudaram. A mudança é de nomenclatura. A Vorax Liberty reúne a experiência de gestão esportiva demonstrada pela CEO Marina Leite à estrutura de uma organização cuja ausência entre as 10 escolhidas para o CBLOL foi uma surpresa para o público. Uma aposta interessante para ambas as partes e que, com a manutenção do elenco, promete deixar a equipe na briga pelo título

"Nossos planos iniciais continuam firmes, incluindo a construção do nosso novo Gaming Office em São Paulo e o processo de expansão de nossa equipe. Nós, da Havan Liberty, continuaremos atuando em todas as nossas já existentes modalidades com o nome original e com a tag "HL". Já na parceria com a Vorax da qual envolve a modalidade de League of Legends, manteremos sob o domínio dessa parceria em conjunto. Portanto, a partir do segundo Split do CBLOL 2021 a Vorax passará a disputar o campeonato como Vorax Liberty", explicou o comunicado veiculado pela Liberty.

Ainda que haja resistência de parte do público por conta de posições políticas ligadas à empresa em questão, o foco do cenário de esportes eletrônicos deve ser quem leva o competitivo a sério. No final do dia, é preciso levar em conta o profissionalismo e a perspectiva de futuro, no esportivo e na infra-estrutura, que as organizações podem aportar. Dessa forma, considero que a Vorax Liberty é um caso positivo a ser observado com atenção nas próximas semanas.

Já a Netshoes Miners entra para suprir a imagem de um dos gigantes do futebol brasileiro que vinha compondo a cena do esporte eletrônico também no CBLOL. O nome é uma maneira de valorizar a regionalização, chamando o público de Minas Gerais - algo que a RENSGA já faz muito bem no estado de Goiás, por exemplo. É o tipo de estratégia difícil de implantar mas que, se bem trabalhada em marketing, funciona extremamente bem.

O respaldo de uma empresa do porte da Netshoes já traz um alento ao cenário. É inevitável para outras marcas olharem tal movimentação e buscarem entender o porquê da escolha e, no mínimo, se ainda não fizeram se isso, se informarem sobre o porte dos eSports atualmente. É a tendência do mercado. Ficar para trás é sinônimo de retrocesso - tendo em vista os números e cifras dos quais tanto falamos o tempo inteiro.

Sabemos que a Riot Games mede muito bem os passos que traça no cenário. O sistema de parcerias a longo prazo, chamadas de "franquias", se mostrou dono de um potencial enorme no primeiro split - com recordes de audiência quebrados e uma força da torcida impressionante mostrada no Mid-Season Invitational. Certamente, essas mudanças também foram analisadas com calma projetando o futuro do campeonato. Aguardemos a repercussão!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL