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LOUD eleva patamar e chega ao CBLOL com lições e aprendizados

Colunista do UOL

22/12/2020 09h00

Qualquer pessoa que acompanhe minimamente esporte eletrônico no Brasil já ouviu falar da LOUD - organização que tem o famoso Bruno PlayHard como fundador e CEO. O sucesso da equipe na criação de conteúdo, simbolizado pela marca de mais de um bilhão de visualizações no canal do YouTube, se traduz em inovação e, cada dia mais, um padrão elevado, que faz com que concorrentes e produtoras se movam em busca do mesmo patamar. Agora, quem vive seus primeiros capítulos nessa realidade é o público do CBLOL - torneio mais popular de esports no país.

A LOUD surgiu, originalmente, no Free Fire. Popularizou-se junto do jogo, fidelizando os fãs de uma forma interessante e sempre engajada. Depois, a organização partiu para o Fortnite. Agora, meses após a contratação da streamer Bianca "Thaiga", apresentou oficialmente seu elenco de League of Legends, com o qual disputará o próximo split do CBLOL - o primeiro no novo sistema de parcerias a longo prazo adotado pela Riot Games.

Os vídeos de apresentação dos jogadores, criativos e fugindo ao lugar comum, são uma boa mostra dos elementos que a LOUD agregará ao novo cenário do qual fará parte. O suporte Denilson "Ceos", anunciado ao lado do atirador e parceiro Igor "DudsTheBoy", é uma boa mostra disso. Antes de chegar à organização, acumulava pouco mais de 800 seguidores em sua conta oficial no Instagram. No momento em que esse texto é escrito, acumula 106 mil.

O GGWP já falou aqui sobre o "Efeito LOUD", mas agora é necessário entender qual deverá ser o impacto disso no principal campeonato de esporte eletrônico do Brasil. Desde a época da aplicação das candidaturas para o novo sistema feita pela Riot, era evidente que apenas um desastre tiraria a organização do grupo das 10 selecionadas. Ambas as partes têm muito a ganhar nessa relação no quesito popularidade - aliando profissionalismos exemplares.

Há que se destacar o tamanho da comissão técnica anunciada pela LOUD para a disputa do CBLOL: nada menos que 13 profissionais, que vão de funções estritamente técnicas e táticas do game, até especialistas de saúde, como psicólogo e fisioterapeuta. É claro que é necessário ver na prática como será a junção de tantas pessoas em um mesmo grupo, de forma coesa, mas salta aos olhos o desenvolvimento neste sentido.

A estrutura sempre será um atrativo para o jogador profissional. Ter a certeza de que a organização fará com que ele se preocupe única e exclusivamente em se preparar e executar dentro de jogo a própria performance, sem "dores de cabeça" fora do servidor, proporcionando tudo o que estiver ao alcance para que o trabalho se transforme em vitórias, torna-se um diferencial e mais uma marca a favor da LOUD.

E para quem tinha dúvidas se a organização trabalharia uma integração entre seus influenciadores e jogadores de diferentes games de uma maneira ativa, já ficou claro que, sim, todas as maneiras de manter o público fidelizado e interessado em "fazer o L"e vestir as cores da equipe serão executadas. Claro que cada cenário sempre terá suas particularidades, mas a LOUD já provou que é capaz de transcender diversas barreiras.

É raro ver organizações que conseguem engajar de maneira a serem maiores que seus próprios jogadores. A chegada da LOUD ao CBLOL pode fazer com que, cada vez mais, as equipes busquem valorizar as próprias características e construir uma identidade relevante e diferenciada, de maneira a ativá-la das mais variadas formas. Um passo importante para a comunidade e para o estabelecimento de um ecossistema variado e promissor.