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Pedro Scooby quer distância do 'BBB': 'Não volto lá nem por decreto'

Colaboração para Splash, do Rio

12/12/2022 04h00

O surfista Pedro Scooby participou do "OtaLab" desta semana e se mostrou exatamente igual ao que o Brasil acompanhou por meses no "BBB 22". Transparente acima de tudo, Scooby não fugiu de nenhum dos temas propostos no programa por Otaviano Costa.

Apesar de ter deixado o programa como um dos participantes mais queridos do público - foi o 16º eliminado na última edição - Pedro Scooby não repetiria a aventura no reality. Mas ele tampouco se disse arrependido do confinamento de quase quatro meses. "Eu não me arrependo, foi muito maneiro, mas aquela experiência você só quer viver uma vez na vida", disse.

Não quero entrar lá de novo nem por um decreto. Já vivi, já sei como é.

O surfista contou que já havia sido convidado outras duas vezes para o programa, antes de finalmente aceitar o desafio. "Este ano, achei que era a hora de viver aquela experiência. Saí três dias antes do programa acabar e vou guardar isso pro resto da vida", disse.

Ota lembrou que o "BBB do Bem" que Scooby e outros participantes praticaram em parte do programa, fugindo de conflitos, frustrou o diretor de TV Boninho, responsável pela atração. Depois de dizer que acha Boninho "muito maneiro", o surfista deu de ombros.

Ele gosta de ver o circo pegar fogo, e eu também acho que deve ser melhor. Mas não vou ficar me estressando.

'Tive polução noturna no 'BBB'

A passagem pelo "BBB 22" foi um dos principais temas do papo com Pedro Scooby no programa do UOL. O colunista Lucas Pasin lembrou de uma declaração do surfista de que é "viciado em sexo" e quis saber se o seu maior "período de seca" foi durante o confinamento no reality da Globo.

Foi o maior tempo que eu fiquei sem 'tchum tchum tchum'. E lá não tem o que fazer, tem câmera até no banheiro.

Scooby revelou que chegou a ter orgasmos espontâneos durante o sono ao longo do programa.

Não sei se o programa mostrou, mas eu tive polução noturna umas quatro, cinco vezes. E em duas delas eu lembro exatamente do que estava sonhando, era uma coisa meio 'American Pie'.

Aos fãs do UOLditório que ficaram perdidos na conversa, o surfista explicou o que é polução noturna: "É quando você estoura o champanhe dormindo", comparou. "É muito desejo comprimido. Mas a verdade é que [sexo] é uma coisa muito boa".

Em defesa de Neymar: 'Todo mundo tem um dia ruim'

Na conversa com Ota, Pedro Scooby foi provocado a comentar o episódio do filé salpicado com ouro que alguns jogadores da Seleção comeram num restaurante do Qatar na última semana - eles foram acusados de ostentação e insensibilidade social em plena Copa do Mundo.

Para Scooby, as ações positivas de figuras públicas, como os atletas da Seleção, nunca ganham os holofotes. "Muitos deles têm projetos sociais, ajudam muita gente. E não esquecem da família", contou. "Mãe, tia, avô, eles carregam uma trupe inteira junto, arrumam trabalho pros amigos."

O surfista falou de sua experiência pessoal com Neymar, o mais visado dos craques da seleção. "Eu sou muito próximo do Neymar e vejo que ele emprega muita gente, no escritório, no instituto, ele se preocupa com as famílias das crianças que atende", disse.

É isso que deveria ser mostrado, e não que ele saiu p* do jogo, ou que ficou com raiva de um torcedor. Todo mundo tem um dia ruim. Todo mundo erra, todo mundo é ser humano. Vamos parar de julgar.

O problema maior, segundo ele, é a cultura de cancelamento.

A galera só fica feliz quando destrói a vida de um ser humano. Tira o emprego, a carreira, os patrocinadores, aí fala: 'agora a gente viu um ídolo ser destruído, agora estamos felizes'. É assim hoje em dia.

'Maconheiro tem em tudo que é lugar'

No bate-papo no UOL, Ota falou do persistente esterótipo que surfistas (ainda hoje) carregam. "Ainda vejo preconceito com atletas desse esporte", disse Otaviano. "Até parece que surfe é um bando de maconheiro sentado na praia. Esquecem que tem um business enorme por trás disso."

Um deles é sobre o persistente estereótipo que surfistas (ainda hoje) carregam. "Ainda vejo preconceito com atletas desse esporte", disse Otaviano. "Até parece que surfe é um bando de maconheiro sentado na praia. Esquecem que tem um business enorme por trás disso."

Scooby aproveitou para defender o uso da planta, que tem sido descriminalizado e legalizado em cada vez mais países do mundo.

Na verdade, maconheiro tem em tudo que é lugar. E antigamente o preconceito era ainda maior. Hoje, nos EUA, maconha é liberada [em vários estados], mas se te pegam com bebida no carro, vai preso na hora.

Scooby disse que, apesar de não fumar, defende "essa causa". "É uma causa medicinal, tem muita coisa por trás disso, então eu gosto de falar desse assunto", disse. Até mesmo para desmistificar o uso da maconha. "No Brasil, as pessoas associam ao tráfico, é preciso ainda um processo de liberação e de mostrar o lado medicinal, que eu acho muito importante", opinou.

Quanto ao estereótipo do "surfista maconheiro", ele riu. "A praia era um lugar onde a galera ia pra fumar, não só os surfistas. Porque é um lugar tranquilo, aberto e dava pra ver a policia de longe", contou.

Isso foi atrelado ao surfista, mas o engraçado é que, hoje, é difícil você achar um cara do circuito que fume maconha. São atletas de verdade. Eu tenho compromisso com minha vida de atleta.

OtaLab

O "OtaLab", o programa de internet que parece TV, vai ao ar toda terça-feira, às 11h, e pode ser acompanhado pelos canais do Splash no YouTube, Twitter e Facebook. Você pode assistir a toda a programação do Canal UOL aqui.