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Sérgio Hondjakoff: 'Neguei internação porque fiquei envergonhado'

De Splash, no Rio

17/04/2022 20h58Atualizada em 18/04/2022 13h50

O ator Sérgio Hondjakoff, 37, que ficou conhecido por interpretar Cabeção em "Malhação" (TV Globo), abriu o jogo sobre o tratamento contra o vício em álcool. Oito meses depois de ter negado a internação em uma clínica de reabilitação, ele explicou o motivo para isso.

"Buscava um momento de paz comigo mesmo. Se eu ficasse na casa do meu pai, teria vontade de beber de novo... Neguei que estava internado porque fiquei envergonhado com a exposição toda, não soube o que fazer, pensei: 'Vou negar e ver o que acontece'. Queria preservar o meu filho. Só minha mãe, meu pai e a mãe do meu filho sabiam", contou ele, em entrevista ao "Domingo Espetacular" (Record).

Sergio revelou que o processo de se libertar do vício não é fácil, pois usava o álcool como escape da realidade. "Quando você está fazendo o uso de alguma substância e usando isso como fuga, nos momentos em que você está sóbrio, fica pensando em consumir a droga", desabafou.

Clínica com maus tratos

O ator ficou internado em uma clínica de reabilitação que foi fechada pelo Ministério Público após denúncias de maus-tratos. Ele detalhou o que observou lá dentro. "Não vi nenhuma maldade ou irregularidade, o que pude observar são as condições. Não tem como oferecer uma estrutura mais adequada, mais benéfica", relembrou.

Ele também especificou como era a rotina durante a internação. "Faltavam terapeutas, não tinha funcionários de limpeza, eram condições meio insalubres. Fica uma coisa não tão bacana. Quando acabam as dinâmicas do dia e o cronograma se encerra, é de praxe todo mundo ir pro quarto e ser trancado", contou.

Sergio ainda detalhou como está a relação com o consumo de álcool no momento. Durante a conversa, ele contou que tomou uísque no Natal, moderadamente.

"Estou em paz, estou tranquilo. No Natal, tomei uma dosezinha de uísque, mas só. Não atrapalhou. É melhor evitar se puder. Quando 'starta' ali, o fim pode ser desastroso, é meio complicado", pontuou.

Questionado pela reportagem quais seriam seus sonhos, ele revelou o desejo de voltar a atuar e "conseguir decorar os textos", além de viajar pelo Brasil.