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Monark não é mais sócio do Flow Podcast; apresentador comprará a parte dele

De Splash, em São Paulo

08/02/2022 21h23

A assessoria do Flow Podcast e Estúdios Flow confirmou a Splash que o apresentador Bruno Aiub, o Monark, não faz mais parte da sociedade do podcast, inclusive dos rendimentos provenientes do projeto. Ele foi desligado hoje à tarde por defender a existência de um partido nazista reconhecido por lei no Brasil.

Igor Coelho, um dos sócios e apresentador do Flow, confirmou em live na noite de hoje ao lado de Monark que comprou a parte dele na sociedade.

"A gente tinha meio a meio. O que vai acontecer é que eu vou comprar a metade dele, até para ele ter uma... porque não acho que seja justo ele abrir mão de tudo isso", disse Igor.

Existem os trâmites legais. Os advogados precisam retificar as coisas na empresa, mas a verdade é que esse é o último programa do Monark aqui comigo nessa mesa. Conto com vocês no futuro, vamos continuar fazendo programas aqui. Os programas vão continuar na casa. Essa decisão foi tomada em conjunto com o Monark, porque mais de 80 pessoas dependem aqui do Flow. Igor Coelho

Na live, Monark disse rapidamente que o Flow "precisa transcender o Monark, precisa ser desassociado [ao meu nome]".

"E a gente acha que esse é o melhor caminho. Claro que terei minhas paradas, ficarei produzindo no meu canto. Mas é isso, infelizmente eu errei a forma como me comuniquei. E muita gente defendeu algo que sou completamente contra. Melhor eu assumir minha culpa", explicou o youtuber.

Bruno Aiub, o Monark, aparecia como administrador da Flow Produção de Conteúdo Audiovisual LTDA, empresa responsável pelo podcast. A assessoria do Flow informou a Splash que os únicos sócios agora são Igor Rodrigues Coelho e Gianluca Santana Eugenio.

O caso

A defesa da existência de um partido nazista dentro da lei por Monark foi feita durante transmissão ao vivo ontem, na qual eram entrevistados os deputados federais Kim Kataguiri (Podemos) e Tabata Amaral (PSB).

"A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião [...] Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei", afirmou o apresentador.

Ele foi rebatido por Tabata logo após a declaração, mas insistiu no argumento questionando a parlamentar. "As pessoas não têm o direito de ser idiotas?", perguntou.

Não é de hoje que Monark causa polêmica por uma conduta reprovável. Ano passado, ele perguntou no Twitter se "ter uma opinião racista é crime" e ainda comparou homofobia com a escolha do indivíduo tomar um refrigerante.