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Anjo ou demônio? Inimigo de Taylor ajudou Demi a se reerguer após overdose

O empresário Scooter Braun
O empresário Scooter Braun
reprodução/Instagram

De Splash, em São Paulo

01/04/2021 04h00

Taylor Swift reclamou quando os direitos de seus seis primeiros álbuns foram vendidos pelo empresário Scooter Braun. A cantora diz que tinha interesse em comprá-los, mas nunca recebeu uma oferta. Para ela, Scooter é um monstro; mas, para Demi Lovato, o mesmo empresário é um anjo salvador.

Como pode alguém ser tão vilão e tão herói ao mesmo tempo?

São duas narrativas muito opostas sobre a mesma pessoa. Quem é Scooter, afinal, e o que ele fez para ter tanta gratidão de Demi?

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Tem a ver com o antigo empresário dela, Phil McIntyre; segundo ela, a equipe de Phil mantinha sobre ela uma vigilância nada saudável para qualquer sinal de uso de drogas e álcool ou recaídas nos transtornos alimentares.

Aliás, isso explicaria a distância entre Demi e Jonas Brothers, que ainda trabalham com Phil.

Eu nunca quero dizer que o controle deles era totalmente errado. Parte disso era amor. Só acho que, no fim das contas, eu não recebi a ajuda que precisava.
Demi Lovato no documentário "Dancing with the Devil"

A cantora conta que, por influência do antigo empresário, passou anos sem comendo melancia com chantilly em vez de ter um bolo de aniversário.

Scooter, por outro lado, conquistou a nova cliente com bonitos bolos e deu a ela mais liberdade na luta contra a dependência química.

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A vigilância pode funcionar com alguns dependentes químicos, mas não há regra. E Demi estava infeliz.

Além disso, Scooter é o empresário de grandes nomes como Ariana Grande e Justin Bieber; ou seja, é um profissional relevante na indústria e capaz de garantir boas oportunidades aos artistas.

Sou uma artista que acabou de ter overdose de heroína. Eu sou um risco, não sei se vão querer trabalhar comigo. Mas Scooter fez eu me sentir segura.
Demi Lovato no documentário "Dancing with the Devil"
reprodução/Instagram - reprodução/Instagram
Imagem: reprodução/Instagram

Scooter conta que relutou em aceitar o contrato com Demi, já que tinha medo do que poderia acontecer com uma cantora que havia acabado de ter uma experiência de quase morte com a overdose. Porém, algo o convenceu.

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Eu tinha toda intenção de dizer não. Mas quando ela começou a falar e abrir o coração, percebi que precisávamos trabalhar com ela. Ela não precisava de um agente, mas de um amigo.
Scooter Braun no documentário "Dancing with the Devil"

Quando a gente analisa a perspectiva de Demi, Scooter parece ótimo, um ser humano irretocável. Mas não é o que Taylor relata: ela alega ter sofrido bullying por anos.

Jay L. Clendenin / Los Angeles Times - Jay L. Clendenin / Los Angeles Times
Imagem: Jay L. Clendenin / Los Angeles Times

Para se ter ideia, ela preferiu regravar suas músicas antigas para que os fãs pudessem escutá-las sem dar um centavo ao inimigo.

É o único jeito de recuperar o orgulho das músicas dos meus primeiros álbuns e de permitir que meus fãs ouçam esses discos sem o sentimento de culpa por beneficiarem Scooter.
Taylor Swift em carta à nova dona dos direitos dos discos