'Your Honor': série de Bryan Cranston, de 'Breaking Bad', chega ao Brasil
Não é exagero dizer que a carreira de Bryan Cranston pode ser dividida entre antes e depois de Walter White. O protagonista de "Breaking Bad" (2008-2013) não apenas lhe rendeu prêmios —6 Emmys, um Globo de Ouro e um punhado de indicações—, como também o reconhecimento do público.
Já cinquentão, Bryan Cranston decolou.
Até agora. "Your Honor", já disponível no Brasil no streaming Paramount+, é seu primeiro projeto de peso na TV após "Breaking Bad". A escolha não foi por acaso: seu Michael Desiato lembra Walter White na construção de uma vida dupla que ultrapassa (e muito) os limites da lei.
Trata-se de Cranston fazendo (bem) algo que o público já conhece. E só.
Bryan Cranston, no evento de lançamento da série
Versão da israelense "Kvodo", "Your Honor" traz a luta de um juiz após o filho atropelar (e matar) o caçula de um gângster. Para piorar, ele fugiu sem prestar socorro. O juiz até estimula que ele se entregue, mas, ao saber a identidade da vítima, faz de tudo para que o rebento não seja identificado.
Tudo, mesmo.
Começa então uma imensa teia de mentiras que não só põe em xeque os princípios morais deste juiz que tanto prega um olhar mais humano nos tribunais quanto, é claro, gera efeitos colaterais cada vez mais imprevisíveis. É neste aspecto que "Your Honor" capenga, e bastante.
Com muitos coadjuvantes, a série aos poucos assume um tom novelesco que prioriza reviravoltas em detrimento do desenvolvimento. Há subtramas demais para episódio de menos, o que gera uma correria inevitável e pontas soltas. Além disso, a pandemia de covid-19 invade a história de forma risível.
Diante de tantos problemas, é o elenco que segura a série. Não apenas Cranston, mais uma vez indicado ao Globo de Ouro, mas também Hope Davis e Michael Stuhlbarg, pais do garoto morto, ambos competentes. Cranston, inclusive, explicou o porquê de ter se interessado tanto por esta história.
Todos temos gatilhos. Nem sempre estamos cientes, mas quando acontece é muito rápido. Vemos isso em animais selvagens, a mãe urso ficando agressiva vendo os filhotes em perigo. Só porque temos um cérebro maior e somos educados não significa que não temos gatilhos, nem que conseguimos controlá-los.
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