Briga na Justiça, demissões e esgotamento: o ano das bailarinas do Faustão

A demissão de 17 bailarinas do "Faustão na Band" ontem veio apenas para "coroar'' um ano bastante conturbado nos bastidores do programa, especialmente no que diz respeito às dançarinas.

Esta coluna de Splash noticiou diversas crises e relembra agora situações que vão de briga na Justiça às denúncias de esgotamento por mais de 12 horas de trabalho.

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A onda de demissões no balé aconteceu desde março, deixando as dançarinas desanimadas e preocupadas com o futuro. Das 30 profissionais que iniciaram com Fausto Silva na Band, em janeiro, sete já haviam sido desligadas em maio, incluindo Paula Santos, destaque no "Dança dos Famosos", na Globo.

Na época, a coluna apurou que as bailarinas, além de passarem mais de 12 horas nos estúdios da Band, ainda precisavam fazer tarefa de casa para decorar coreografias. As dançarinas chegaram a ensaiar por vídeo, de madrugada, após gravar durante todo o dia, e já reclamavam da rotina pesada e exaustão.

As profissionais já aceitavam situações que a desagradavam, desde as mais simples, como eram proibidas de parar o carro no estacionamento da Band, precisando caminhar, à noite, quando saiam do trabalho.

Desligada após sofrer lesão

Entre as demissões, em maio, Juliana Acácio foi desligada após sofrer uma lesão no joelho, resultado, segundo ela, das muitas horas de trabalho:

Como todos viram pelas redes sociais, me machuquei trabalhando, devido à carga de trabalho, assim como já aconteceu com outras. Me machuquei dançando e tive que fazer uma infiltração no joelho. Duas semanas depois fui desligada da Band. Fico chateada com a situação, mas já era esperado.

Concurso e novas bailarinas

Durante o ano, outras bailarinas foram contratadas. A ideia da produção e direção, segundo apurou a coluna, era acabar com supostas comparações da rotina que as bailarinas levavam na Globo. Por isso contrataram novos rostos.

Naquele momento, conforme antecipou o colunista de Splash Ricardo Feltrin, foi criado um concurso para escolher novas bailarinas. A ideia do "Faustão na Band" era que a troca de bailarinas fosse permanente.

Briga na Justiça

O "Faustão na Band" também enfrentou um processo movido pela bailarina Gabriela Baltazar. Ela foi demitida, sem justa causa, durante o período de estabilidade gestacional. Uma decisão ordenou que a Band reintegrasse a bailarina e as partes entraram em acordo.

A Band foi procurada por esta coluna inúmeras vezes durante todo o ano, mas não comentou as notícias.

'Faustão na Band' em 2023

O que se sabe é que o programa, em 2023, passará por novas reformulações. A atração, tradicionalmente focada no entretenimento, terá conteúdo mais quente, com notícias e prestação de serviço.

Apesar de ter demitido todas as bailarinas, a direção do programa não descarta a possibilidade de chamar novas profissionais para trabalhar como "freelancer". A definição sobre o futuro ou não do balé no palco será tomada no próximo ano.