É cedo demais para o 'BBB' perder Jade ou Arthur, seus protagonistas

Com uma edição morna, na qual os participantes parecem mais preocupados em controlar a criação de memes que nunca vingam, o "BBB 22" tem encontrado na rivalidade entre Jade Picon e Arthur Aguiar sua tábua de salvação. Dos poucos dispostos a jogar de fato, os dois deram ao programa uma narrativa para chamar de sua. Sem eles, seria difícil justificar um confinamento com pessoas aspirando à fama fácil, pensando em gerar entretenimento para si próprios, em função do próprio ego, e não para o público.

A produção do reality show da Globo deve, portanto, ter respirado aliviada com a possibilidade de adiamento do duelo entre os dois oponentes na prova bate e volta. Mas não rolou. Jade e Arthur disputarão a preferência do público com Jessilane. Gustavo se salvou.

Mas não é só o programa que perde: espectadores também sairão no prejuízo. É cedo demais para assistir ao único confronto que tem movido a temporada. Jade e Arthur precisam de mais tempo e o público precisa ter a esperança de que as tensões serão mantidas.

Aqui de fora, tem sido fascinante entender a razão de a influenciadora continuar indicando o ator repetidamente ao paredão. Da mesma maneira, é muito curioso ver o quanto o ex-Rebelde tem se inebriado com a possibilidade de ser favorito de parte da audiência. No caso de ambos, o poder sobe facilmente à cabeça. E não há melhor força motriz para um jogo baseado em conflitos.

O "BBB 22" precisa manter o interesse pelo desfecho dessa história por mais tempo. Que outros coadjuvantes deixem o jogo antes. O duelo entre Jade e Arthur, protagonistas da edição, pode ficar para a reta final.