Topo

Meu fim de ano infernal: leitores contam seus micos de viagem

Getty Images
Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

21/12/2015 21h57

Fim de ano é sinônimo de férias para muita gente. E mesmo quem não consegue descansar um mês todo nesse período tenta buscar uns dias de folga em outra cidade. Acontece que nem sempre essas viagens saem como esperado. Quem nunca se decepcionou com a casa alugada ou se deparou com um pneu furado no meio da estrada?

O UOL perguntou aos seus seguidores no Facebook quais as piores lembranças de perrengues em viagens de fim de ano e recebeu dezenas de relatos. Confira abaixo algumas das histórias.

"Horas e horas na estrada, com o carro entupido de material de camping... quando cheguei na cidade, parei numa blitz e o documento do carro estava irregular. O policial disse que teria que apreender o veículo... ficamos em choque sem saber o que fazer. Ele deve ter ficado com pena e nos deixou ir. Assim que entramos na cidade, procuramos um banco pra pagar e regularizar o documento, mas não havia nenhum banco por lá. Tivemos que ir de ônibus a outra cidade, cerca de 1h30 de estrada pra conseguir pagar. Fora que todos os hotéis e campings estavam lotados. Um senhor nos cedeu parte da garagem dele pra gente armar a barraca".
Silvane Almeida

"Fui passar o Ano-Novo na casa de uma prima de uma amiga em comum... amiga da amiga da amiga. Falaram que era super perto da praia (na verdade, se pegássemos um ônibus eram mais ou menos 20 minutos) e a casa era praticamente um barraco. A descarga do banheiro não funcionava e a cozinha ficava do lado de fora da casa. Como se não bastasse, tinham 14 pessoas nesses 2 cômodos! Para encerrar a 'viagem do cão', peguei uma virose: mal me aguentava em pé e tive que parar no pronto-socorro. Pensei que fosse morrer".
Fernanda Aquino

"Nós estávamos viajando a trabalho para a cidade Araguapaz (GO). No dia 24 fizemos uma festa da cidade, no outro dia de manhã, quando estávamos voltando, fomos parados pela Polícia Rodoviária Federal e o motorista não tinha habilitação na categoria B, somente a A. Aí prenderam a habilitação dele. O documento do carro atualizado tinha sumido, só estávamos com o do ano de 2013, o policial queria apreender o veículo, mas como Deus é bom e era Natal, o policial liberou a gente porque não tinha como verificar se o documento estava realmente em dia, já que o sistema do Detran estava fora do ar. Liberaram a gente, só que eu que tive que dirigir, e fomos para casa felizes".
Jessika Oliveira

"Fui viajar para a praia, tudo planejado bonitinho. Acordei cedinho, uma alegria 'monstro'. O rapaz que tinha alugado falou que a casa era ótima. Quando cheguei na casa quase caí dura: não tinha móveis, não tinha água nem energia. Como já tinha pagado, tive que ficar ali. Quando queria ir no banheiro ficava pedindo aos vizinhos! Hoje não alugo mais casa, só fico em pousada. Criei trauma!"
Mercia Angelo

"Eu e três amigos saímos de São Paulo às 22h (fim do expediente de um amigo) do dia 31/12, rumo a Ubatuba (SP). Passamos a virada na estrada, vimos os fogos pela janela do carro... chegamos em Caraguatatuba (SP) e o carro quebrou (ele era novo)! Ficamos parados numa esquina de uma avenida movimentada, várias pessoas passando felizes da vida e nós lá. Depois o carro ligou e parecia tudo bem, até parar novamente ao lado de um posto de gasolina, onde aparentemente havia um pequeno movimento de tráfico de drogas. Um bêbado começou uma bagunça, mas tudo bem. Ficamos mais de 1h esperando o guincho e finalmente fomos para Ubatuba. Nos hospedamos e dormimos. No dia 01, sol maravilhoso e nós sem carro, fizemos uma caminhada para chegar na praia e aproveitamos o dia. À noite uma amiga passou mal, comeu algo que não caiu bem. Ficamos no apê mesmo e sem internet. No outro dia ela ainda estava muito mal e não quis ir à praia, mas o resto da turma foi. Estava um calor daqueles. Resultado? Queimaduras e assaduras. No outro dia fomos para uma ilha, lugar lindo, porém não estava sol. Saímos de madrugada rumo a São Paulo, de táxi da seguradora, e o carro teve que ficar porque o guincho não pode subir a serra nesse período. Pegamos trânsito e ao chegarmos em São Paulo o noticiário só falava que 'estava muito sol no litoral e as estradas estavam tranquilas e sem trânsito'".
Denize Couto

"Fui para Paraty (RJ) na virada do ano com um grupo de amigos. Os primeiros dias foram ótimos. No 3º ou 4º dia começou a chover muito forte e acabou a luz! Meu amigo não conseguia dormir: estava desesperado pela falta de ar condicionado, ninguém tinha o remédio dele e o desespero só aumentava. Fomos tentar dormir no carro com o ar ligado, mas estava insuportável. Resolvemos ir atrás de uma farmácia para procurar o remédio ou um refil de bombinha para asma. Dirigimos pela cidade toda e NENHUMA farmácia aberta! Resolvemos descer no sentido Angra, nas cidades vizinhas, e a cada uma que chegávamos nada de farmácia. O pior é que nem posto de gasolina tinha e estávamos ficando sem combustível. Paramos o carro numa rua estranha, penduramos roupas nos vidros para quando amanhecesse o sol não batesse na nossa cara e dormirmos um pouco até o posto abrir. O perrengue foi até um amigo nosso, que ficou na casa, conseguir sinal no telefone e receber nossa mensagem e ir resgatar a gente".
Elisiane Faria

"Na noite de Natal, estávamos saindo de Visconde de Mauá (RJ) para Mirantão (MG). O carro deu defeito em plena estrada de terra, sem sinal de celular, chovendo e não passava ninguém. Seguíamos em dois carros, sendo que o outro era de dois lugares. Resumo: os quatro adultos foram na caçamba e as duas crianças na cabine. Mesmo sendo verão, passamos frio por causa da chuva e do vento, sem contar a escuridão. Só os faróis (e os vagalumes) iluminavam!"
Adriana Coutinho

"No dia 22/12/2012, eu e o meu marido resolvemos ir para a Bahia beirando o litoral paulista e carioca com mochila e de ônibus. Saímos da Praia de Maresias (São Sebastião-SP), passamos por Caraguatatuba (SP), Ubatuba (SP), Paraty (RJ), Angra dos Reis (RJ) e Rio de Janeiro (RJ). Na rodoviária do Rio, não encontramos passagens para a Bahia e tivemos que dormir lá do dia 23 para o dia 24/12, no chão, atrás dos caixas eletrônicos - junto com um monte de pessoas na mesma situação. Não tinha mais passagens para a Bahia, estavam esgotadas. Foi bem na época da "crise aérea". No dia seguinte, bem cedinho, conseguimos uma passagem para Vitória (ES), depois para Teixeira de Freitas (BA) e finalmente chegamos ao nosso destino, no Sul da Bahia. Chegamos exaustos, mas em tempo para a Ceia... ufa!"
Taís Andrade