Criadora do balanço de design, ela usa tramas manuais para ganhar o mundo
Filha de marceneiro, Marta Manente sempre sentiu que tinha no DNA um amor ancestral pela madeira e por sua transformação em móveis. "Aprendi muito com meu pai pelas histórias centenárias que sempre ouvi ele contar enquanto vivenciei desde sempre a vida na marcenaria", conta.
Vem daí a inspiração que a faz multiplicar seus desenhos e envolver artesãos na materialização deles.
"Há mais de 20 anos iniciei minha carreira colaborando com uma empresa de móveis planejados, depois trabalhei com uma grande marca de painéis de MDF com design de superfície", conta.
Era um começo, mas dois anos depois já prestava assessoria em design estratégico para indústrias moveleiras do Brasil e do exterior.
Marta transitou por todos os ângulos do mobiliário: criou coleções de mobiliário residencial, corporativo, de decoração, outdoor e iluminação. Há seis anos, viu que era hora de dar foco também à sua marca de design autoral. Hoje, se orgulha do marco dessa época: foi pioneira ao criar um dos primeiros balanços de design do Brasil, em 2016.
Os balanços se tornaram algo recorrente, entre as múltiplas formas para outros móveis. "Gosto de misturar técnicas manuais com a alta tecnologia produtiva, isso torna nossos projetos exclusivos", conta.
Para o tramado do balanço Revoar, por exemplo, o trabalho manual de artesãos de sua região, a Serra Gaúcha, se aliou ao reaproveitamento de descartes de fios de couros transformados em franjas, tranças e outros detalhes. O resultado? "Ele já representou o Brasil em semanas de design em Nova York, Milão, Roma, Paris e Estocolmo", diz ela.
Cada projeto que crio é uma evolução de mim mesma, da maturidade de entregar ao mercado uma peça que vai além da estética"
Conforto, manualidade, conceito e tecnologia permeiam o universo da designer.
Recentemente, Marta levou suas peças a Nova York. Criou um contraponto curioso entre o visual da cidade cosmopolita, acelerada, e beleza das tramas — que muitas vezes levam um dia inteiro para surgirem, caso das costas da cadeira Belize, de espaldar alto. Um desenho que tem potência e exalta a mão humana merece mesmo ganhar o mundo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.