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Aos 70 anos, mulher se torna a mais velha a escalar montanha de 910 metros

Dierdre Wolownick, mãe do reconhecido escalador Alex Honnold, venceu o famoso pico do Yosemite, na Califórnia, em seu aniversário de 70 anos - Reprodução/Instagram
Dierdre Wolownick, mãe do reconhecido escalador Alex Honnold, venceu o famoso pico do Yosemite, na Califórnia, em seu aniversário de 70 anos Imagem: Reprodução/Instagram

De Nossa

14/11/2021 10h27

A americana Dierdre Wolownick, mãe do famoso escalador Alex Honnold, acaba de conquistar um novo recorde: aos 70 anos, ela se tornou a mulher mais velha do mundo a escalar a montanha El Capitan, no Parque Nacional de Yosemite, na Califórnia.

Vencer os 910 metros do pico foi o presente que ela imaginou se dar em seu aniversário. Dierdre conseguiu chegar a tempo e comemorou mais um ano de vida na montanha em setembro, contou à rede de tevê CBS na quinta-feira (4).

"É uma língua estrangeira e eu sou professora de idiomas estrangeiros. Qualquer coisa que você sonhar que quer fazer, você pode, mas é preciso dar um passo de bebê por vez", explicou sobre o segredo de seu sucesso na escalada.

Dierdre começou a praticar o esporte com quase 60, como uma forma de se aproximar do universo do filho e lidar com momentos particularmente difíceis, como a perda de seu ex-marido e de seu pai, contou ao The New York Times. No entanto, ela tomou gosto e encontrou na atividade um motor de alegria para sua vida.

"Escalar o El Capitan para o meu 70º aniversário superou todos os meus sonhos e expectativas. Tantas pessoas maravilhosas me ajudaram a torná-lo realidade. Foi uma experiência inebriante que ainda estou processando. Aos 70, uma aventura como esta não vem de mão beijada e sou muito grata a todos que me ajudaram a fazer acontecer", comemorou em suas redes sociais.

Aos 66, ela havia conquistado o El Capitan pela primeira vez. Mesmo com a experiência anterior, ela descreveu o primeiro terço desta jornada como "extenuante": foram duas horas de subida com trilha, onde ela disse ter se agarrado a pequenas árvores e beiradas de pedras como apoio, além do início da escalada propriamente dita sobre o leito de um rio recheado de pedras.

A segunda parte foi inteiramente de subida vertical, enquanto a última — a mais intensa, segundo ela — pareceu durar por quilômetros justamente porque seu emocional já estava mais abatido pela viagem. Nesta porção, ela relatou que frequentemente se imaginava caindo de mais de 900 metros de altura.

Ao chegar ao topo, ela comemorou com amigos e parceiros de aventura com cupcakes e Champagne ao pôr do sol. "Foi um dia e tanto. Eu me reinventei diversas vezes". À CBS, o filho de Dierdre, Alex Honnold, disse que sua mãe não é a escaladora mais rápida ou forte, mas é certamente resiliente.

"Ela é disposta a aguentar [a jornada] por muito tempo, ela continua se esforçando. Acho que ela é o exemplo perfeito do que é se inspirar em algo, se tornar apaixonada por isso e descobrir tudo isso na meia-idade", acredita.