Teto nada básico: como transformar ambientes de maneira inusitada
Mil e quinhentas fitinhas coloridas, penduradas no teto, dão o tom descontraído ao "boteco particular" dos mineiros Élida Domingos e Márcio Siqueira, no apartamento em que moram, em Uberaba.
A intervenção — feita no cômodo ao lado da cozinha, onde eles recebiam amigos para tira-gostos e cervejinhas em tempos pré-pandêmicos — mostra que a criatividade pode transformar qualquer espaço, explorando cantos nem sempre aproveitados.
"Um amigo, Eduardo Lança, lembrou de um bar de Ribeirão Preto chamado Tatu Bola. A gente amou a sugestão. Compramos as fitinhas pela internet e, depois, amarramos todas em linhas de nylon", explica Élida.
A tarefa foi fácil, segundo Élida, principalmente porque ela, que é compradora de restaurante, e Márcio, eletricista, estão acostumados a colocar a mão na massa para decorar o imóvel em que vivem há quase dois anos - o casal compartilha registros afetivos do apê no perfil Casa Presente.
Ambientes com personalidade
Fugir da mesmice, decorando o teto de um cômodo, imprime personalidade no ambiente e revela muito sobre o estilo dos moradores, conforme pontua a designer de interiores Shirlei Proença.
Um teto decorado é sempre surpreendente e é possível fazer nele o efeito que quiser", comenta.
Para ela, as possibilidades são ilimitadas, tanto no que diz respeito à escolha do cômodo a ser decorado quanto em relação à intervenção adotada.
"Azulejos, placas de gesso decoradas, espelho, stencil, objetos pendurados — como pranchas, carros etc. —, vigas de concreto expostas, laje aparente, bambu, piso vinílico, boiserie, esculturas? São muitas as opções", lista.
Mesmo quem não é da turma das estampas e das tonalidades intensas consegue encontrar um teto decorado que se encaixe no seu perfil. "O importante é chegar ao equilíbrio entre cores, texturas e estilos", observa a especialista, lembrando a atual tendência na decoração de deixar os lares cada vez mais personalizados.
Nesse processo, na maioria das vezes, a criatividade pesa mais que o investimento financeiro, já que não é preciso desembolsar mundos e fundos para um resultado interessante.
O que levar em conta
Quem quer apostar na ideia, antes de tudo, precisa avaliar qual o impacto visual desejado para o ambiente em questão. Cômodos com poucas texturas — tapetes, sofás, poltronas e cortinas, por exemplo - ganham movimento e irreverência com estampas no teto.
Como a especialista explica, para fazer uma intervenção na parte superior, independente de qual seja o objetivo do décor, devem ser avaliados: cores, formas, objetos, estilo do ambiente e iluminação.
Estruturalmente falando, é importante planejar bem quais objetos serão pendurados no teto. Deve-se, ainda, checar o peso e o tipo de laje, já que nem todas são maciças. "Outro cuidado envolve produtos inflamáveis — no caso, algumas tintas — e a estrutura elétrica. Pode representar um verdadeiro perigo", avisa a designer de interiores.
Além disso, um teto só deve ser estampado se estiver tudo ok na infraestrutura básica, ou seja, sem infiltrações ou fiação solta, sendo necessário estar bem estruturado e ter boa iluminação. Entretanto, a intervenção pode ser alternativa para mascarar problemas menores.
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