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Operadores de turismo só veem recuperação em 2021, aponta pesquisa

A avaliação foi manifestada 51% das 4.921 pessoas consultadas pela sondagem - Unsplash
A avaliação foi manifestada 51% das 4.921 pessoas consultadas pela sondagem Imagem: Unsplash

Da Agência Brasil

15/06/2020 16h59

Relatório da Rede Brasileira de Observatórios de Turismo (RBOT), sistematizado pelo Observatório de Turismo, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), revelou que prepondera no setor a perspectiva de que baixas financeiras provocadas no contexto da pandemia da covid-19, sejam recuperadas somente no ano que vem. A avaliação foi manifestada 51% das 4.921 pessoas consultadas pela sondagem.

Os participantes abrangeram profissionais atuantes de diversas áreas ligadas ao turismo, como hospedagem, alimentação, agências, operadoras de turismo e produtoras de eventos, além de representantes de prefeituras e associações. Ao todo, 15 estados foram contemplados pelo levantamento, o primeiro feito pela RBOT, e que deverá ter os números atualizados.

O estudo, intitulado Sondagem empresarial dos impactos da Covid-19 no setor de turismo do Brasil, também mostra que 12% imaginam que a melhora deve demorar para chegar, vindo apenas depois de 2021. Ainda menos otimista, uma parcela de 3% afirma que o prejuízo é irreversível, ou seja, que não irá conseguir se restabelecer, independentemente do prazo estimado. No total, quase um quinto, 19%, se mantém mais confiante e espera uma virada já para o segundo semestre deste ano.

Após analisar as respostas encaminhadas, os pesquisadores concluíram que o maior impacto se deu em abril. Naquele mês, a queda no faturamento dos empresários variou entre 75% e 100%, de modo geral, índice atingido devido ao fechamento de negócios ou à implementação de medidas de quarentena, que levou à suspensão das atividades.

Sem dinheiro em caixa, o que levou empresários a recorrer a empréstimos, muitos deles não viram outra saída, senão encolher o quadro de funcionários. De cada dez empresas ouvidas na pesquisa, quatro demitiram empregados para reduzir gastos, característica que teve maior proporção entre os setores de hospedagem e alimentação.

No final de maio, a Organização Mundial do Turismo (OMT), agência da Organização das Nações Unidas (ONU), informou que o setor pode perder cerca de 120 milhões de empregos com a manutenção de restrições a viagens internacionais.