Testamos novo iPad Pro: chip para IA e 'duas telas em uma' roubaram a cena

Depois de quase dois anos sem atualização, o iPad Pro ganhou ontem uma nova geração: são dois tamanhos de tela, processador criado para executar sistemas com inteligência artificial e uma nova tecnologia de tela Oled, que oferece imagens muito mais nítidas.

O UOL acompanhou de perto o lançamento e já colocou as mãos no novo tablet. Confira a seguir as primeiras impressões do iPad Pro de 2024, que deve chegar em breve ao Brasil por a partir de R$ 12.299.

Novidades que merecem atenção

Surpreendentemente fino. A primeira coisa que se destaca na linha é a estrutura do iPad Pro de 7ª geração. É o aparelho mais fino que a Apple já fez até agora, além de ser perceptivelmente leve.

iPad Pro 2024 com tela de 13 polegadas tem:

  • 5,1 mm de espessura.
  • 582 gramas na versão com compatível com chip físico de internet. Sendo assim, 102 gramas mais leve do que sua geração anterior.

iPad Pro 2022 com tela de 12,9 polegadas tem:

  • 6,4 mm de espessura.
  • 684 gramas na versão que funciona com chip físico.

A altura e largura dos dois são parecidas, com poucas diferenças em milímetros.

Segurei por mais tempo a versão de 13 polegadas e senti mais segurança e conforto ao movimentá-lo com apenas uma das mãos - sem medo de que ele pudesse cair. Esse conjunto de estrutura mais fina torna o iPad Pro um dispositivo ainda mais portátil.

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É interessante imaginar o trabalho que deu para desenvolver tantas tecnologias (dignas de computadores avançados) e agrupá-las num dispositivo surpreendentemente leve.

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Imagem: Bruna Souza Cruz/UOL

Processador M4. O chip foi criado pela Apple com foco em poder computacional para executar operações com grande volumes de dados e com aprendizado de máquina (basicamente, capacidade de o sistema aprender sozinho a partir de inteligência artificial), explicou a empresa ao UOL.

Sua segunda geração da tecnologia de 3 nanômetros permite maior eficiência de energia da bateria e possibilitou que o tablet ficasse mais fino e leve. O desempenho da CPU (unidade de processamento central; responsável pelo processamento dos dados, basicamente) é até 1,5x mais rápido do que o chip M2, presente no iPad Pro de 2022 - sem comprometer a bateria.

Durante os encontros da Apple com jornalistas, a companhia exemplificou usos da IA principalmente no cenário de criação de conteúdo a partir de captura de imagens, edição de vídeos e criação de música - situações que exigem maior poder de processamento de informações ao mesmo tempo.

  • Exemplo: um editor de vídeo pode isolar um objeto do fundo da cena em gravações com resolução alta, como 4K, em segundos.
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O iPad Pro novo é vendido com duas opções de memória RAM, que ajuda no desempenho: 8 GB ou 16 GB (nas versões de 1 TB e 2 TB).

Tela une dois painéis Oled juntos. A geração anterior do iPad Pro usava telas com tecnologia mini-Led. Agora isso evoluiu de duas formas:

  • Oled, tecnologia mais avançada e que permite maior nitidez na imagem.
  • Duas camadas desse tipo de painel funcionando juntas no tablet. É como se fossem duas telas em uma, basicamente.

Esse conjunto, chamado Tandem Oled, permite cores ainda mais vivas, alto contraste, maior intensidade de brilho (o que valoriza, por exemplo, cenas da natureza) e pontos pretos mais pretos sem prejudicar cenas em que ainda existem fontes de luz.

Durante a demonstração, algumas fotos e vídeos foram exibidos na tela do iPad Pro. Uma das que mais chamou a minha atenção foi a de um céu noturno estrelado com algumas partes da cena com sombras bem escuras. A riqueza de detalhes me surpreendeu.

Tela com nanotextura. O iPad Pro tem quatro opções de memória interna. As maiores - 1 TB e 2 TB - permitem a compra de uma versão com painel diferente, voltado a profissionais que priorizam reduzir potenciais interferências de brilho na tela.

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O acabamento é levemente mais fosco do que o das outras versões do tablet. Com isso, a tendência é ter menos reflexos no painel. Não foi possível observar maiores diferenças no período que tive acesso aos lançamentos. Mas será algo a se testar quando os produtos chegarem ao Brasil.

O que deu para experienciar foi o uso do Apple Pencil Pro, nova caneta inteligente, nos dois tipos de painel. O resultado foi muito parecido, a nanotextura não impede que a caneta funcione de maneira fluida na tela.

Duas opções de cores
Duas opções de cores Imagem: Divulgação/Apple

Acessórios que tornam o iPad mais perto de um computador. A companhia atualizou ainda o Apple Pencil Pro, com novos gestos e sensores, e o teclado Magic Keyboard, com trackpad maior e acabamento em alumínio.

Entre as novidades da caneta inteligente, estão:

  • Pressionar para abrir um painel de configurações (dá para selecionar tipos de canetas, cores, espessura do traço etc.). Enquanto testava esse recurso no aplicativo FreeForm, pude sentir uma resposta tátil em meus dedos. O deslizar dela na tela é muito fluido.
  • Aproximar o dispositivo da tela do iPad e o sistema reconhecer a orientação do traço que será desenhado (a partir do seu giroscópio). Para mudar, basta girar levemente a caneta para o outro lado. E isso leva segundos.
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Pontos de atenção

Só uma câmera principal. O iPad Pro agora tem um sensor de 12 MP. A geração anterior tinha esse e mais um ultra-angular de 10 MP (voltado para fotos com maior campo de visão).

Bateria. Tecnicamente, o iPad Pro de 2024 mantém os parâmetros da sua versão anterior: até 10 horas de navegação na internet via wi-fi ou para vídeos. Além disso, até 9h de internet com dados móveis de celular.

Teclado só funciona com iPad Pro. O novo Magic Keyboard não funciona com outras versões do iPad, nem mesmo com o novo iPad Air 2024. A Apple explicou ao UOL que isso é devido a estrutura e tamanho do novo tablet Pro. O teclado foi criado padronizado para o dispositivo mais fino.

Nem todo Apple Pencil funciona. O lançamento é compatível apenas com Apple Pencil Pro, deste ano, e com Apple Pencil com carregamento USB-C.

Por que demorou tanto para atualizar?

Segundo um representante da Apple, alguns desafios contribuíram para o lançamento de um novo iPad Pro ocorrer somente agora, em 2024.

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Basicamente, a companhia queria usar uma tela mais avançada - no caso, a Oled - faz tempo, mas não queria lançar um produto pela metade. Vários testes forma realizados, mas os engenheiros não chegavam a uma experiência satisfatória para o que a empresa desejava. A partir do processador M4 isso mudou.

O chip permitiu que a estrutura do tablet funcionasse com dois painéis integrados, que o display apresentasse um melhor equilíbrio de contraste, nitidez e brilho sem que isso aumentasse o gasto de bateria, por exemplo. "Essas tecnologias foram essenciais para tornar o iPad Pro possível", destacou um dos representantes da Apple, em encontro com o jornalistas.

"Precisávamos ter certeza de que poderíamos permitir que essa tecnologia parecesse tão bonita quanto os painéis que você viu hoje. E isso envolve muito poder computacional. Então usamos a melhor e mais eficiente tecnologia energética para fazer isso [o M4]", acrescentou.

Enquanto os novos produtos ainda não chegam no Brasil, você pode aproveitar ofertas dos modelos anteriores:

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*A jornalista viajou a convite da Apple.

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